Nervosismo, tiros e seguranças assustados: a cena da execução de Dogão 1z2d51
Os seguranças do condomínio de luxo onde o homem que era considerado como chefe da fronteira, “Dogão”, foi executado com mais de 150 tiros na madrugada desta sexta-feira (28), ouviram barulhos de disparos e viram quando a mulher de Cléber Riveros Segovia, de 31 anos, deixou o residencial nervosa. Estes são outros detalhes do assassinato que mais parece história de filme.

À polícia, os trabalhadores contaram que a esposa de Cléber chegou ao condomínio dias antes da execução em um carro, com placas de Ponta Porã, fez seu cadastro e alugou um imóvel. Dogão chegou até o residencial dias depois de avião e não foi registrado.
Na madrugada desta sexta-feira (28), os seguranças ouviram sons de tiro dentro de uma das residências e viram quando a mulher pediu para sair do condomínio aparentando estar muito nervosa. Ela estava acompanhada dos filhos do casal.
Eles também ouviram barulhos de motor de barco após o som dos tiros e entenderam que algumas pessoas estavam deixando o local em algum tipo de embarcação.

A Polícia Militar foi acionada e quando chegou ao local encontrou “Dogão” morto com várias marcas de tiros. Na casa, havia cápsulas de diversos calibres, mas nenhuma droga ou arma foi encontrada.
Existe a suspeita de que Dogão usava o condomínio para receber e enviar toneladas de droga de avião e barco. Por isso, o caso segue em investigações. No Mato Grosso do Sul, o traficante foi apontado como um dos sucessores de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro. Além disso, teria ordenado execuções na região de fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

A reportagem entrou em contato com a então defesa de Cléber para ter detalhes sobre o caso. Em nota, eles responderam que, “o escritório não prestava mais assessoria jurídica para o Cléber e não vamos mais responder perguntas sobre ele”.