"Não sai da cabeça", conta mulher que achou menino de 5 anos sozinho na rua; VÍDEO u3a49
Graziela Verruck, 39 anos, encontrou a criança sozinha e quase sendo atropelada por um caminhão 2g435u
“Eu nunca pensei na minha vida ar por uma situação dessas”. Assim começa o relato de Gracieli Verruck, 39 anos, que encontrou o menino de 5 anos que sumiu de uma escola infantil no final da tarde de terça-feira (8), no bairro Coophavila, em Campo Grande.
“Pra todo mundo que conto, ninguém acredita nisso que aconteceu. Nem eu tô acreditando ainda. É uma história surreal. Não era para eu estar ali. Deus me colocou ali para achar ele”, declara Gracieli.
A autônoma, como ela mesmo disse, estava exatamente onde deveria estar, pois graças a ela que o garotinho escapou do pior.
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“Na hora que percebi que ele não tinha ninguém em volta, tentando atravessar. Foi quase atropelado por um caminhão”, lembra emocionada.
Segundo Gracieli, o encontro aconteceu na avenida Marechal Deodoro, antes da rotatória da saída para Sidrolândia. “Tem uma entrada que vai para os bairros Parque do Sol, Pênfigo, Dom Antônio. Ele estava ali. E falou pra mim que a avó dele morava ‘depois da ponte’”, conta.
Neste momento, Gracieli, que estava de moto, conseguiu pegá-lo no meio do canteiro e o guiou até a calçada, em segurança. A autônoma acreditava que havia uma escola perto, já que o menino estava usando mochila.

“Nunca imaginei que ele estava há mais de 17 quadras da escolinha dele. Um trajeto muito longo!”, diz com revolta, pois a escolinha oficial ficava a dois quilômetros do local onde foi encontrado.
A angústia, conforme Gracieli, era o único sentimento que a dominava, pois ela também é mãe. “Toda vez que lembro eu choro porque me bateu um desespero. Tenho um filho da idade dele, mesmo tamanho, porte físico. Aquilo mexeu muito comigo. Não dormi direito. Eu tô em estado de choque”, afirma mais uma vez emocionada.
Assim que percebeu que a criança estava realmente sozinha e perdida, decidiu, inicialmente, levá-la para o batalhão da Polícia Militar que fica na região. Contudo, prometia para o menino a todo momento que não o deixaria sozinho.
“Fiquei quase uma hora com ele, mas chegando perto, me avisaram que estavam procurando por ele e que era pra eu acompanhar”, lembra. Quase chegando perto da escola do garoto, Gracieli encontrou a tia da criança.

“Eu já tava em pânico. Em nenhum momento achei que o pai ou a mãe foram negligentes porque eu entendi que foi a escola. Eu perguntei da onde ele saiu, ele falou que saiu da escola”, revela a autônoma.
Sumiço do menino de 5 anos 2t212p
Os pais do menino de 5 anos descobriram o sumiço quando foram buscar o filho um pouco antes das 17h de terça. Chegando ao local, foram informados de que a criança não estava na unidade. Conforme relato do tio, de 37 anos, o sobrinho pediu para abrirem a porta da escola e ele saiu andando.
“Eu fiquei desesperada, mas ainda existe gente do bem”, diz a mãe, de 31 anos, que registrou o boletim de ocorrência na manhã desta quarta-feira (9). Ela quer que a escola seja responsabilizada pelo que aconteceu com o filho.
O Primeira Página entrou em contato esta manhã com o colégio e, segundo uma das funcionárias, todos estavam em uma reunião com o advogado da instituição.
A reportagem também apurou que em casos como esse, cabe ação para indenização na Justiça, na área civil.