"Nada do que fizerem com ele vai trazer minha filha de volta" diz mãe de vítima de feminicídio 4y5d1h
A farmacêutica Simone Vilela disse ter ficado surpresa ao saber que o assassino de sua filha é o genro militar e66q
“Nada do que fizerem com ele vai trazer minha filha de volta”. A declaração é da farmacêutica Simone Vilela ao comentar sobre a prisão do genro Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 31 anos, suspeito de matar a mulher, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, de 22 anos, na última sexta-feira (4), em Campo Grande. O corpo da vítima só foi encontrado dois dias depois às margens da BR-060.
Simone conta ter ouvido relatos sobre brigas envolvendo o casal, mas não tinha noção que Natalin pudesse ser vítima de agressões físicas. Ela teve dificuldade em entender o porquê de o genro ser investigado e mais ainda em aceitar o fato de ele ser o assassino da filha.

“A hora que o delegado me ligou e falou ‘a gente vai investigar o Tamerson’ perguntei: mas por quê? Não, o Tamerson não tem condições. Tem que procurar quem fez isso”, lembra.
Os policiais procuraram e encontraram Tamerson acompanhado da filha de Natalin, a quem também tratava como filha. Ele ficou nervoso, entrou em contradição e foi levado para a delegacia ainda na condição de suspeito. Pouco depois assumiu o crime.
“Não tem como descrever esse momento. Não tenho como falar para você o que estou sentindo”, lamenta a mãe.
Segundo Simone, a filha do casal foi levada para a casa do avô materno, em Paranaíba. O corpo de Natalin deve ser liberado na quinta-feira (10) e encaminhado para o município.
Natalin era estudante de enfermagem e atuava na farmácia da UPA do bairro Leblon. Ela é a 7ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano.

O caso 2w4a2h
Natalin foi encontrada morta às margens da BR-060, em Campo Grande, na tarde do domingo (6). Ela estava com o pescoço quebrado e o braço fraturado. O crime aconteceu dois dias antes de o corpo ter sido encontrado.
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Conforme a assessoria de imprensa da FAB (Força Aérea Brasileira), o sargento Tamerson de Souza, do efetivo da Base Aérea de Campo Grande encontra-se sob custódia da organização militar, à disposição da justiça, conforme previsto em lei.
“A FAB lamenta o ocorrido e acompanha a apuração dos fatos envolvendo o integrante de seu efetivo, bem como colabora com as autoridades policiais”, disseram em nota.