MT registra mais de mil mortes violentas em 2022, aponta Anuário 3w4j3g
Estudo abrange diversas ocorrências criminais, como homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte 3o5120
A 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada nesta quinta-feira (20), apresenta dados alarmantes sobre as Mortes Violentas Intencionais (MVI) registradas em 2022. A taxa de MVI em Mato Grosso acompanhou a tendência nacional, chegando a 1.072 em 2022.

Em Cuiabá, os registros mostram que o homicídio doloso, que inclui os feminicídios e assassinatos de policiais, aumentou de 47 casos em 2021 para 61 em 2022.
O estudo abrange diversas ocorrências criminais, como homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais e intervenções policiais.
Além disso, houve aumento nas ocorrências de latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
No estado como um todo, os números são igualmente preocupantes. Os homicídios dolosos aumentaram de 749 para 923, e as lesões corporais seguidas de morte aram de 8 para 11.
Dados nacionais 3z15y
Em âmbito nacional, o Brasil contabilizou um total de 47.508 MVI em 2022, o que representa o segundo maior número registrado desde o início da série histórica do FBSP, em 2007.

Embora tenha havido uma pequena queda de 2,4% em relação a 2021, com uma taxa de mortalidade de 23,4 por 100 mil habitantes, ainda estamos longe de considerar o país uma nação segura.
Perfil das vítimas 5ysp
A violência letal se concentra principalmente em homens, totalizando 91,4% das vítimas, enquanto as mulheres representam 8,6%. Esse perfil se mantém constante ao longo dos anos, evidenciando a necessidade de ações específicas para combater esse grave problema social.
É também preocupante o perfil étnico-racial das vítimas, com 76,5% das MVI afetando negros, destacando o fato de que esse grupo é o mais vulnerável à violência letal, inclusive em casos de intervenções policiais, onde a porcentagem de vítimas negras chega a 83,1%.
Outro aspecto que merece destaque é o elevado número de adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos entre as vítimas, correspondendo a 50,3% das MVI.
Esse grupo etário também concentra 75% das mortes resultantes de intervenções policiais, o que levanta questões sobre a relação entre segurança pública e juventude.
Principais vetores 161e10
O uso de armas de fogo é o principal vetor das MVI, sendo responsável por 76,5% dos casos. Porém, é importante notar que a violência letal não se restringe apenas a esse meio, já que agressões físicas e armas brancas também desempenham um papel significativo nos índices de mortalidade.

Os locais onde ocorrem as MVI variam, com 52,3% dos casos acontecendo em vias públicas e 22,6% nas residências das vítimas. Essa constatação desmistifica a ideia de que o lar é sempre um lugar seguro, ressaltando que a violência pode afetar qualquer espaço.
Desafios e Perspectivas 5o2l8
Os dados apresentados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que, apesar de uma leve redução nas MVI em relação a anos anteriores, a violência letal continua a assolar o Brasil.
Enfrentar a violência letal requer esforços coordenados em várias frentes, como o combate ao tráfico de armas, investimentos em prevenção social, educação e programas de proteção às vítimas.
Além disso, a necessidade de se promover um debate aberto e amplo sobre o tema é fundamental para encontrar soluções efetivas.
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 381u6t
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é um levantamento realizado desde 2007 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e é produzido a partir de dados e indicadores oficiais.
O anuário é dividido em 10 categorias, com dados nacionais e regionais sobre:
- Armas
- Desaparecidos
- Estupros
- Financiamento (gastos governamentais com segurança pública)
- LGBTQIA+ e racismo
- Mortes violentas intencionais
- Prisões
- Socioeducativo
- Violência contra a crianças e adolescente
- Violência nas escolas