MP recorre a sentenças contra 5 PMs por inclusão de dados falsos em sistema 275ap
Policiais são acusados dos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraude processual e inserção da dados falsos no sistema de informações. 32475w
O MPMT (Ministério Público Estadual) recorreu, nessa segunda-feira (19), a sentenças do Conselho Especial de Justiça Militar contra cinco membros da PM (Polícia Militar) acusados dos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraude processual e inserção da dados falsos no sistema de informações. Os agentes foram presos durante a Operação Coverage, em 2019.

De acordo com a Polícia Civil, provas de um exame balístico comprovaram que uma pistola que pertence ao tenente Cleber de Souza Ferreira foi utilizada em sete homicídios. Segundo a polícia, o grupo teria alterado o registro da arma de fogo, falsificando documentos.
O Ministério Público recorreu da sentença arbitrada ao tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), que foi condenado na última sexta (16) por falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.
Por 3 votos a 2, ele foi condenado a quatro anos e seis meses de reclusão, em regime inicial aberto.
De acordo com o Ministério Público, o pedido é para que o cumprimento de pena e a ser em regime semiaberto. A perda do posto e da patente de Paccola também será objeto de recurso.
A Justiça Militar condenou o tenente Cleber de Souza Ferreira por falsidade ideológica e a pena prevista é de dois anos de reclusão a ser cumprida em regime aberto, absolvendo-o pela prática de inserção de dados falsos em sistema de informação.
O Ministério Público anunciou que irá interpor recurso para aumentar as penas impostas aos réus e que o policial seja condenado pelo crime do qual foi absolvido.
Os outros acusados, tenente Coronel Sada Ribeiro Parreira, tenente Thiago Sátiro Albino e sargento Berison Costa e Silva foram absolvidos pela prática de todos os delitos, por não existir prova suficiente para a condenação.
De acordo com as acusações, os oficiais utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso. A sessão de julgamento foi realizada virtualmente e durou mais de sete horas.