Morador de Confresa é resgatado em situação semelhante à escravidão 1na2h
Durante a operação, foram encontrados, pelo menos, 10 trabalhadores, todos identificados como pessoas em situação de rua 202y37
Um dos trabalhadores resgatados por viver em condições degradantes semelhantes à escravidão, em uma empresa de reciclagem na cidade de Goiânia, realizado nessa quarta-feira (21), é Marcos Paulo de Lima, conhecido como Amoroso, de Confresa, a 1.160 km de Cuiabá.

A equipe da Secretaria de Assistência Social do município conseguiu localizar a família do Amoroso, que mora em Confresa. Uma vídeo-chamada foi realizada para que a família se reencontrar.
A gerente de intermediação e relocação no trabalho, Carolline Alves de Oliveira, disse estar muito grata por poder conseguir reunir a família.
Amoroso deixará Goiânia na próxima terça-feira (27) e, na quarta-feira (28) chega a Confresa.
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Um resgate de trabalhadores que viviam em condições degradantes semelhantes à escravidão, em uma empresa de reciclagem na cidade de Goiânia, foi realizado nessa quarta-feira (21), com a participação do Ministério do Trabalho.
O local era caracterizado por condições extremamente precárias. Durante a operação, foram encontrados, pelo menos, 10 trabalhadores, todos identificados como pessoas em situação de rua.

De acordo com os auditores, eles dormiam nas instalações da empresa, em alojamentos improvisados, onde apenas um banheiro era disponibilizado para atender a todos.
A ausência de condições básicas de higiene e alimentação era evidente no ambiente. Os trabalhadores dormiam em meio aos resíduos e aos animais atraídos pelo lixo, conforme relatado pelos auditores.
Pelo menos 20 catadores de reciclagem utilizavam o espaço, mas apenas 10 foram encontrados durante a fiscalização.
Apenas seis dos trabalhadores resgatados aceitaram receber ajuda da força-tarefa montada pelos auditores do trabalho. Esses seis indivíduos foram encaminhados à superintendência da Polícia Federal (PF) para prestar depoimentos e serão testemunhas-chave nas investigações do caso.
De acordo com as informações fornecidas pelos auditores, a empresa em questão funcionava há cerca de quatro anos, e o proprietário do galpão foi preso em flagrante por submeter os trabalhadores a condições semelhantes à escravidão.
Se condenado, o responsável poderá enfrentar até oito anos de prisão.