"Minha esposa morreu": a cena de desespero em acidente durante racha narrada por testemunha p586c
Polícia ainda não localizou segundo veículo envolvido na tragédia regada à mistura de álcool, direção e velocidade 4z5p1c
Do estacionamento de farmácia localizada na avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande, um motorista de aplicativo testemunhou, a poucos metros de distância, o acidente que deixou uma pessoa morta e outras seis feridas na madrugada de sábado (16). Ouvido pela polícia logo depois da tragédia, o homem de 36 anos confirmou que o veículo onde as pessoas estavam, um Ford Ka, disputava racha com um “Gol quadrado”.

Embora a placa do veículo tenha sido informada à polícia por uma outra testemunha, via telefone, ainda não há informações sobre a localização do segundo veículo nem da pessoa em nome de quem está o automóvel nos registros oficiais.
A velocidade dos veículos, conforme essa testemunha, era entre 130 e 140 km. O velocímetro travou em 105 km por hora. A velocidade real, só a perícia vai dizer durante as investigações.
No depoimento, o motorista revela momentos de susto, para quem viu a pancada num poste de energia, que deixou toda a região, sem luz, e de desespero, para quem estava dentro do carro.
“Minha esposa morreu”, gritava um sobrevivente do acidente, conforme o relato da testemunha à Polícia Civil. O ageiro estava com metade do corpo sobre a mulher já sem vida, identificada como Roberta da Costa Coelho, 26 anos.

Entre os ocupantes do carro que estavam conscientes, houve muita gritaria. Estavam no carro 3 mulheres e 4 homens. O socorro exigiu três equipes e mobilizou três unidades de saúde, as UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino e da Vila Almeida.
A descrição feita à polícia indica uma cena anterior à tragédia típica da mistura de álcool, velocidade e direção. Ele estava no estacionamento da farmácia, tomando café junto com outras duas pessoas, quando, de acordo com o depoimento, viu os carros ando, em alta velocidade.
Conforme visto, a trajetória do Ka e do Gol indicava a realização de um “pega”.
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Como estão as vítimas 3z1n4d
Entre o seis sobreviventes, três continuam internados neste domingo, entre eles o motorista William Goes Abbade, recepcionista de 36 anos, que estás na Santa Casa de Campo Grande. Como está sob vigilância policial, o quadro de saúde dele não foi informado.
Ele está sob escolta, autuado por crimes de homicídio, direção sob efeito de álcool, participar de corrida em via pública. Estado ou não no hospital, ele vai ser submetido a audiência de custódia nesta segunda-feira, quando a prisão em flagrante pode ou não ser transformada em preventiva.
Ainda estão no hospital as irmãs Andreia de Souza Xavier, 33 anos, e Aline de Souza Xavier, 24 anos, e o motorista do Ford Ka.
Matheus da Silva Alves, 19 anos, recebeu alta neste domingo da Santa Casa. Ontem, o hospital havia liberado Loraine Fernandes Marçal, de 23 anos. Jheyson Viturino Martins, de 19 anos, havia lido levado para a UPA do Bairro Coronel Antonino, de onde saiu no sábado.
Ele, segundo apurado, era casado com Roberta da Costa Coelho, que morreu no acidente. Ela deixa dois filhos.