Militares são suspeitos de crimes como terrorismo, estupro, genocídio e homicídio 5n123f
Os militares do Bope, Rotam e Força Tática presos nesta quinta-feira (31) durante a Operação Simulacrum, da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado, são investigados pela morte de 24 pessoas em Cuiabá e Várzea Grande.
Consta na ação que culminou nos pedidos de prisão que eles são suspeitos de homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro, atentado violento ao pudor, rapto violento, epidemia com resultado de morte, envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte, quadrilha ou bando, genocídio, tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro e crimes previstos na Lei de Terrorismo.

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São seis inquéritos policiais que contam os fatos em ordem cronológica, entre 4 de outubro de 2017 e 3 de outubro de 2020, nos quais pessoas que supostamente iriam praticar roubos foram paradas por policiais militares, ocasiões em que alguns foram mortos e outros conseguiram sobreviver.
Investigações identificaram pontos semelhantes e convergentes entre os casos, com indícios de “execução”, tais como excessivo número de disparos efetuados pelos policiais militares; ausência de disparos na direção oposta; inexistência de lesões de defesa nas vítimas, caracterização de “tiro encostado”.
Também chamou a atenção o fato de sempre haver a figura de um “segurança/vigilante” que ava informações de locais fáceis e lucrativos para a prática de assaltos, porém, os indivíduos cooptados eram interceptados e mortos por policiais militares, os quais alegam que haviam recebido informações anônimas sobre os supostos assaltos e planejaram a abordagem, momento em que entraram em “confronto” com os criminosos, agindo em legítima defesa.
Ainda de acordo com a ação, os policiais forjavam ocorrências para obter elogios em suas fichas funcionais, conseguindo, assim, promoção na instituição. Essas ocorrências valorizavam os batalhões, bem como ganhavam notoriedade na mídia.
O Primeira Página teve o à lista dos alvos da Operação Simulacrum.
O que diz a defesa dos envolvidos 1266m
O advogado Marciano Xavier das Neves defende o subtenente Altamiro Lopes da Silva e o soldado Eduardo Moreira Lauriano. Ele afirmou que já pediu o ao inquérito e está aguardando.
Ricardo Monteiro, advogado do tenente Alisson Brizola, disse que terá o nesta sexta-feira (1°) aos inquéritos e aguarda mais informações.
Veja a lista com 63 nomes abaixo: 4t485z
- Wesley Matos Moreira (não é policial militar)
- Tenente S. Ferreira
- Soldado Heron Teixeira Pena Vieira
- Soldado Jonathan Carvalho de Santana
- Capitão Abner Campos
- Sargento André Luiz dos Santos Souza
- Soldado Arlei Luiz Covatti
- Cabo Geraldo Vieira da Silva
- Soldado Jackson Pereira Barbosa
- Soldado João Jose Fontes Pinheiro Neto
- Soldado Jonatas Bueno Trindade
- Soldado José Roberto Rodrigues da Silva
- Sargento Luciano Baldoíno dos Santos
- Soldado Tiago de Jesus Batista Borges
- Capitão Túlio Aquino Monteiro da Costa
- Soldado Vinicius Santos de Oliveira
- Soldado Jairo Papa da Silva
- Tenente Mauricio Alves Pereira Junior
- Subtenente Altamiro Lopes da Silva
- Sargento Diogo Fernandes da Conceição
- Soldado Wilson Ulisses Alves Souza
- Sargento Alersony Christian Gomes de Arruda
- Cabo Rafael Garcia Marvulle
- Cabo Leonardo Oliveira Penha
- Soldado Edson Willian de Arruda
- Soldado Marcos Antônio da Cruz Santos
- Sargento Claudio Batista Leal
- Soldado Allan Carlos Miguel
- Soldado Victor Augusto Carvalho Martins
- Tenente Thiago Satiro Albino
- Soldado Wesley Silva de Oliveira
- Soldado Genivaldo Aires da Cruz
- Soldado Ícaro Nathan Santos Ferreira
- Sargento Antônio Vieira de Abreu Filho
- Capitão Ronaldo Reinners
- Sargento Patrick Lauro Loureiro de Almeida
- Sargento Elias Jose Lopes Schuina
- Cabo Esmail Da Silva Gordonha
- Sargento Alexandre dos Santos Lara
- Soldado Thiago Padilha de Moraes
- Soldado Benedito Patrício da Silva Junior
- Soldado Bruno Pedro Tavares Correa
- Soldado Eduardo Moreira Lauriano
- Tenente Despalens
- Sargento Antônio Jose Ventura de Almeida
- Sargento Luis Fernando de Souza Neves
- Cabo Ricardo da Silva Duarte
- Cabo Alex Sandre Souza dos Santos
- Soldado Jonas Benevides Correa Junior
- Soldado Lucas Alves Bataielo
- Sargento Cezar Adriano Prado Gomes
- Soldado Jederson Barbosa dos Santos
- Soldado Fernando Cezar de Oliveira
- Soldado Magno Souza do Nascimento
- Soldado Israel Xavier Girotto
- Soldado Nayara Rodrigues Belo
- Soldado Marcos Gustavo Soares de Oliveira
- Soldado Rogerio Aparecido Teixeira de Lima
- Sargento Robson dos Santos
- Soldado Jefferson Alves do Carmo
- Soldado André Felipe de Carvalho Campos
- Soldado Anderson Gomes de Castro
- Tenente Alisson Brizola
Até o momento, oito pessoas foram presas pela Polícia Civil, uma delas na Bahia. No total, a Justiça expediu 81 mandados de prisão temporária e 34 de buscas e apreensões e outras medidas cautelares.
Os PMs são suspeitos de terem executado 24 pessoas, por meio da simulação de confrontos, e de tentarem ass, pelo menos, outras quatro vítimas em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da Capital.
Outro lado 6s425h
Por meio de nota, a Polícia Militar disse que está acompanhando o caso e que se preocupa com o pré-julgamento e execração pública de homens e mulheres que juraram defender a sociedade mesmo com o risco da própria vida..
“A Polícia Militar de Mato Grosso informa que está acompanhando o desencadeamento da Operação Simulacrum da Polícia Civil em que mandados judiciais de prisão e busca e apreensão estão sendo cumpridos.
Desde o início da operação a instituição através da Corregedoria – Geral e dos Comandos Regionais envolvidos estão acompanhando todas as conduções e oitivas. As associações ASSOADE, ACS, ASSOF disponibilizaram equipes jurídicas para acompanhar nossos policiais militares.
A PMMT repudia exposições desnecessárias e abusivas de seus membros, que sequer tiveram direito de defesa e reafirma o compromisso de estar ao lado dos policiais militares garantindo suas prerrogativas em todas as ações legitimas cometidas em serviço e em defesa do cidadão; é imperioso informar que a prisão é medida excepcional, que os investigados são policiais militares com vínculo funcional, têm residência fixa e que nunca se furtaram a responder aos questionamentos da Justiça.
Eventuais excessos serão questionados nas esferas competentes com a certeza de que a instituição é a principal interessada na elucidação do fato e de suas circunstâncias.
Outro fator preocupante é o pré-julgamento e execração pública de homens e mulheres que juraram defender a sociedade mesmo com o risco da própria vida.
A instituição ressalta que está colaborando com os trabalhos e fornecendo todo o e necessário para que ocorra o deslinde da referida operação da melhor forma possível”.