“Meu filho morreu como cachorro”; socorrista, Suely fala de atendimento em autódromo 6we45
Suely Guimarães, mãe de Nicholas Yann, fala pela primeira vez após morte do filho 6m6y54
Suely Magalhães dos Santos tem 40 anos, 15 deles dedicados à função de socorrista. Mas, no último domingo (2), por uma daquelas ironias incompreensíveis da vida, a mãe de seis filhos se despediu de um deles, justamente porque, segundo afirma a família, não houve socorro adequado para o jovem, de 20 anos.
Nicholas Yann dos Santos de Jesus participava de um evento no autódromo de Campo Grande, quando foi atingido por uma moto. O piloto, outro jovem de 20 anos, fazia manobras, empinando o veículo, quando acertou Nicholas.
O jovem também estava em uma moto, recém-comprada pela mãe (8 dias antes do acidente), ao lado de um amigo. Ele não usava capacete.

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Na hora do socorro, apenas uma ambulância, com equipamentos simples e, segundo a família, com apenas um motorista. É o que conta Suely, em sua primeira entrevista sobre o caso.
“O organizador não colocou nenhum socorrista pra atender meu filho, meu filho ficou no chão. Depois, andou 10 km em uma ambulância simples, onde ele convulsionou”.
Os quilômetros percorridos foram até o ponto de encontro com uma outra ambulância, esta do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Porém, já era tarde! Nicholas morreu às margens da rodovia BR-262.
“Eu sei do que eu to falando, meu filho morreu sem atendimento”, ressalta a socorrista.
Veja o que a mãe fala sobre o atendimento prestado ao filho: