Major Carvalho, o “Escobar brasileiro”, é preso na Hungria 3m531h
O ex-policial sul-mato-grossense chegou a forjar sua própria morte para escapar da polícia 6n3963
Após anos foragido e até um atesteado falso de morte, foi preso nesta terça-feira (21) um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil, o ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como Major Carvalho. O traficante, que é chamado de “Escobar brasileiro” na Europa, foi encontrado na Hungria.

Conforme informações do site CNN Portugal, Major Carvalho vivia no país com documentos falsos, assim como morou em Portugal e na Espanha. Dessa vez, no entanto, acabou identificado e detido pelas autoridades húngaras.
Carvalho é foragido da justiça brasileira, portuguesa e espanhola. É apontado como um dos principais nomes no tráfico de cocaína para a Europa e já foi condenado a 13 anos pelo crime na Espanha. Antes disso, viveu por anos no exterior sob a identidade de Paul Wouter. Além do nome falso, se ou por um grande investidor e chegou a comprar uma empresa imobiliária em Portugal para legalizar seus negócios no país.
Investigações da Polícia Federal apontaram que as empresas abertas por “Paul Wouter” foram usadas para lavar o dinheiro que ele ganhava com a venda de toneladas de cocaína nos países europeus. Até da pandemia o “Escobar brasileiro” fez um “mercado lucrativo” para o tráfico: investiu na compra de milhões de máscaras e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) da China e revendeu no Brasil.
Quando descoberto, chegou a forjar a própria morte com um atestado falso assinado por um médico de Málaga. Mas a farsa foi descoberta pela Polícia Federal brasileira e as autoridades espanholas comunicadas. A defesa dele, no entanto, sempre reforçou a morte de Carvalho e pediu até a extinção dos processos contra ele na justiça brasileira.
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O esquema do “Escobar brasileiro” 245r1r
Considerado o “Escobar brasileiro”, referência ao narcotraficante Pablo Escobar, Sérgio Roberto de Carvalho lidera hoje uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas marítimo, terrestre e aéreo para Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda e Alemanha.
Operações da Polícia Federal apontam que Carvalho é quem gerencia as grandes remessas enviadas a Europa e cuida tanto do contato com os fornecedores, como do recebimento seguro das cargas.
Além de istrar o envio da cocaína pelos portos brasileiros, também está envolvido na aquisição de embarcações pesqueiras, aeronaves, criação fictícia de empresa em nome de terceiros, no uso de documentos falsos e na ocultação de bens. Tudo para garantir os “negócios ilegais”, sem chamar atenção das autoridades.
Para a polícia, o ex-policial militar controla, pelo menos, seis organizações criminosas que atuam em diversas regiões do Brasil. São eles: Grupo Marcio Cristo, liderado por Marcio Luiz Cristo e Luiz Carlos Bonzato Sgarioni e o Grupo Zoio, liderado por Jorge Santos Zela e Mauricio Luis Pinheiro Rodrigues, ambos com atuação em Paranaguá; o Grupo Logístico, liderado por Marlindo Ferreira da Silva e Nildo Vital de Oliveira, em São Paulo; o Grupo Frutas Nordeste e o Grupo Barcos Natal e, por fim, o Grupo Rio Preto.