Mais de 1,4 animais morreram atropelados em trecho da BR-262 1k2x5w
O percurso tem 350 quilômetros e a pelo Cerrado e pelo Pantanal; a pesquisa reúne dados de oito meses, mas ainda não terminou; vai até abril 223k2i
Em oito meses, 1.456 animais morreram atropelados em um trecho de aproximadamente 350 quilômetros na BR-262. O número alarmante foi divulgado pelo Projeto Bandeiras e Rodovias nessa quarta-feira (17).

O trecho se estende de Campo Grande até a Ponte do Rio Paraguai, em Corumbá, área que abrange dois biomas; o Cerrado e o Pantanal. De maio a dezembro, os pesquisadores retiraram mais de 1,4 mil animais mortos do asfalto.
Mayara Caiaffa, médica veterinária e pesquisadora do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), explicou que o percurso é monitorado a cada 15 dias para garantir uma avaliação “frequente e abrangente” da situação.
Durante os oito meses do ano ado, os animais encontrados mortos com maior frequência foram os tatus, anfíbios (como sapos), jacarés e cachorros-do-mato.
Este monitoramento deve continuar até abril de 2024, para completar um ano de observações. A intenção é permitir uma análise abrangente das variações sazonais e seu impacto no número de animais atingidos pelos veículos.
“O principal objetivo desse estudo é entender as áreas mais críticas em termos de mortalidade de animais devido a colisões veiculares e identificar as espécies mais afetadas. O trecho monitorado é particularmente significativo, abrangendo dois biomas distintos: Cerrado e Pantanal”.
Mayara Caiaffa
Segundo a pesquisadora, hoje já existem trechos com cercamento que direcionam os animais para agens seguras, como pontes.
No entanto, ela ressalta a necessidade de medidas complementares para o aumento da eficácia dessas estratégias de proteção; um deles é a implementação do “Manual de Orientações Técnicas para Mitigação de Colisões Veiculares com Fauna Silvestre nas Rodovias Estaduais do Mato Grosso do Sul”, feito pelo ICAS com parceria de outras instituições e lançado em 2021.