Lideranças decidem esperar MPF para enterrar corpo de indígena 5x604p
Lideranças indígenas confirmaram que a família decidiu aguardar para enterrar o corpo de Vitor Fernandes, 42 anos, morto em confronto com a polícia, na sexta-feira (24), na área rural de Amambai, a 338 km de Campo Grande.

Segundo Adalto Barbosa de Almeida, da comissão Kaiua MS, o corpo não será enterrado neste domingo (26), apesar de já ter sido liberado na tarde de sábado (25).
Leia mais n1u6n
-
Funeral de indígena morto em confronto provoca tensão em Amambai 1u71m
-
Movimento por área indígena em Amambai iniciou em maio, diz Cimi 634l2
-
Carta de lideranças fala em “ação covarde” da PM contra indígenas 334r6l
-
Comunidade indígena pediu providências contra grupo que tenta instalar “caos”, diz secretário 5f3jz
-
Adolescentes indígenas seguem internados; um em estado grave 2fs3g
-
Indígena morto em confronto com a polícia em MS é identificado 204e3c
A família e os líderes indígenas decidiram esperar até segunda-feira (27), a chegada de representantes do MPF (Ministério Público Federal) e órgãos públicos para aumentar a segurança no local e garantir a perícia do local. Porém, não há confirmação de que representantes do ministério estarão na região amanhã.

“Não vamos enterrar o corpo. Foi decidido esperar até amanhã a chegada de do Ministério Público Federal para que se chegue a uma decisão. Queremos enterrá-lo no local do conflito, que não é uma retomada, é uma reserva”, disse o Adalto.
Natanael Vilharva, historiador e liderança Guarani Kaiowá, explicou que neste momento os indígenas querem apenas velar Vitor em paz.
“Neste momento só queremos velar, fazer o velório e fazer o enterro do nosso guerreiro em paz. Só queremos fazer o enterro em paz e seguir com a nossa vida, seguir com a nossa luta, mas a luta não acaba, a luta não termina, a luta continua, então é isso que nós estamos colocando agora”, frisa.
Tensões 13061
Segundo apurado pela reportagem, lideranças indígenas não descartam a possibilidade de o enterro ser na região da área retomada, onde ocorreu o conflito, aumentando as tensões no local.
Apesar da notícia circular entre moradores da aldeia, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) aguarda a decisão dos familiares de Vitor Fernandes, que devem confirmar o local do sepultamento nas próximas horas.
À reportagem, uma moradora da aldeia, que pede para não ser identificada, confirmou que a família do indígena ainda não definiu como será o enterro. “O momento agora é de luto”, afirmou.
Relembre o caso c6n5a
O indígena não resistiu após ser atingido por tiros, durante confronto na manhã de sexta. Três policiais também foram baleados, mas não correm risco de morte. Outros sete indígenas ficaram feridos na ação e quatro deles seguem internados.