“Justiça vai ser feita”, diz filha de mulher torturada até a morte pelo marido 613q46
Um dia após o corpo de Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos, ser encontrado na casa onde vivia com o marido Adailton Freixeira da Silva, 46, em Campo Grande, desabafo da filha mais velha da vítima resume a dor sentida por familiares e amigos que aguardam pela prisão do companheiro de Francielle, suspeito de feminicídio.
“Justiça vai ser feita”, escreveu a jovem em uma das publicações em seu perfil em uma rede social, e despedindo da mãe.

Na mesma postagem, a filha também alertou para o comportamento do padrasto e confirma que ele havia afastado Francielle da família. “Não deixava eu ter contato com ela, proibiu ela de sair de casa de mexer no celular, me bloqueou de tudo e eu atrás da minha mãe igual louca”, ressaltou.
Investigações apontam que Francielle viveu cerca de 30 dias trancada em casa, sendo alvo de agressões diárias, boa parte das vezes na frente do filho, de 1 ano e 8 meses.
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Conforme o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, que registrou o caso, o suspeito chegou a simular morte natural para despistar o crime. Para isso, acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que chegou a levar o corpo direto para o Serviço de Verificação de Óbito, sem acionar a perícia.
No local, a equipe de investigação percebeu que Francielle tinha lesões de estrangulamento e perfurações nas costas. Foi pedida uma nova perícia ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) que comprovou as lesões por agressão.