Júri popular de autor da Chacina de Sorriso é marcado para 7 de agosto em MT 3em3s
Gilberto é acusado de matar Cleci Calvi Cardoso, de 45 anos, e as três filhas dela — Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de apenas 10 anos. 3p5z6e
A Justiça de Mato Grosso agendou para o dia 7 de agosto, o júri popular de Gilberto Rodrigues dos Anjos, autor do episódio que ficou conhecido como a Chacina de Sorriso. O crime ocorreu em novembro de 2023, no município que fica a cerca de 420 km de Cuiabá.
Gilberto estuprou e matou Cleci Calvi Cardoso, de 45 anos, e as três filhas dela — Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de apenas 10 anos. O caso causou grande comoção em todo o país pela brutalidade dos crimes e pela violência cometida contra as vítimas.

O réu está preso na Penitenciária Central do Estado e responde por feminicídio, homicídios com recurso que dificultou a defesa, crimes contra menores e agravante por ter cometido os assassinatos na presença de ascendentes e descendentes.
O acusado já tinha sido julgado e condenado duas vezes recentemente. Em março de 2025, foi sentenciado a 22 anos, 7 meses e 10 dias por estupro, tentativa de feminicídio e lesões graves por um crime cometido em Lucas do Rio Verde, ocorrido em setembro de 2023.
Em fevereiro, recebeu 17 anos de prisão pela morte do jornalista Osni Mendes Araújo, em 2013, no interior de Goiás.

Quatro vidas, um crime bárbaro 61l57
A chacina que chocou Mato Grosso ocorreu na noite de 24 de novembro de 2023, em Sorriso. Gilberto Rodrigues dos Anjos invadiu a casa de Cleci e assassinou brutalmente ela e as três filhas: Miliane, de 19 anos; Manuela, de 13; e Melissa, de apenas 10 anos. Três das quatro vítimas também foram estupradas.
A Polícia Civil encontrou uma peça íntima de uma das meninas em posse do autor, que foi preso em flagrante poucas horas depois.
Gilberto Rodrigues, confessou ter matado as vítimas. Aos policiais, ele disse que depois de esfaquear as vítimas – enquanto ainda estavam agonizando – cometeu abuso sexual contra a mãe e duas filhas.
A mãe e a filha mais velha foram encontradas mortas no corredor do imóvel. As outras filhas, de 13 e 10 anos, em um dos quartos.

O acusado pelas mortes estava trabalhando como pedreiro em uma obra ao lado da residência onde o crime ocorreu. Conforme o delegado Bruno França, ele morava no local e planejou o ataque.
“Na casa havia cães de grande porte, bravos, cerca elétrica, e mesmo com toda segurança, o intento criminoso dele era tamanho que ele conseguiu superar tudo isso. A cena dentro da casa era chocante e não deixava dúvidas de que era um crime com intenção sexual, cometido por alguém que não conhecia as vítimas”.
O pai das meninas e marido de Cleci, que trabalha como caminhoneiro, estava em Cascavel (PR) quando o crime aconteceu. Sem conseguir contato com a esposa, ele gravou um áudio angustiado pedindo a um amigo que fosse até a casa da família, já que Cleci não respondia às mensagens. O conteúdo, marcado pelo desespero, foi amplamente compartilhado nas redes sociais e em aplicativos de mensagens.
Mente assassina 2p2o36
Antes da Chacina, Gilberto já havia sido denunciado por um ataque semelhante em Lucas do Rio Verde, dois meses antes da chacina. Em setembro de 2023, ele invadiu a casa de uma mulher, cometeu estupro sob grave ameaça e violência, e tentou matá-la para evitar a denúncia.

Na ocasião, a vítima sobreviveu e conseguiu impedir o feminicídio. A mãe dela também foi agredida ao tentar socorrê-la. Por esse crime, Gilberto foi condenado em março de 2025 a mais de 22 anos de prisão.
Gilberto também responde por um homicídio cometido em 2013, em Mineiros (GO), quando matou o jornalista Osni Mendes Araújo. O corpo da vítima foi encontrado com sinais de estrangulamento, e a perícia apontou que a camiseta usada para sufocá-lo era do próprio autor.
Segundo o inquérito policial, Gilberto teria saído com Osni no carro, quando Osni teria manifestado interesse em se relacionar com ele. De acordo com o depoimento do acusado, a proposta sexual teria sido o motivo do crime.
Gilberto abandonou o corpo em uma rodovia local e fugiu com o carro da vítima indo se esconder na chácara de um amigo.
Pela morte de Osni, o réu foi condenado em fevereiro deste ano a 17 anos de reclusão.