Jornalista nega agressão contra mulher, mas continua sendo investigado 6z5h4j
À reportagem, Lucas Ferraz contou que 'não tocou em nenhum fio de cabelo dela' e que se sente magoado com a repercussão. 5a5c6v
O jornalista Lucas Ferraz negou novamente, na tarde desta terça-feira (20), ter agredido a mulher dele, de 20 anos, após uma festa da emissora onde trabalhava. Ele é investigado por violência psicológica, lesão corporal e ameaça pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. O apresentador foi demitido, após denúncia.

Em depoimento à Polícia Civil, a mulher de Lucas disse ter se ferido sozinha e negou a primeira versão apresentada por ela à Polícia Militar, durante os atendimentos na UPA do município – quando foi atendida com ferimentos no rosto.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gustavo Espíndola de Souza, a perícia apontou que as características dos machucados indicam que foram causados por outra pessoa.
“Não agredi ou toquei em um fio de cabelo da minha esposa, jamais o faria. Me sinto magoado, porque sou apaixonado pela minha esposa e pelo meu trabalho. A condição clínica dela [segundo ele, diagnosticada com ansiedade e problemas psiquiátricos] sempre foi segredo porque não diz respeito a terceiros”, relatou o jornalista à reportagem.
Lucas Ferraz ainda não foi ouvido pela Polícia Civil e, conforme o delegado, tem agens criminais por violência doméstica e lesão corporal.

Em entrevista, o jornalista também negou as agressões anteriores e disse que enfrenta uma “batalha judicial” com a ex-mulher. Reforçou, ainda, que nunca esteve preso e que prestou os esclarecimentos à polícia, na época.
“Querem me sacrificar, me colocar como agressor e como bandido. Eu perdi meu emprego e minha esposa está abalada psicologicamente”, falou.
Áudios e relato de testemunhas 1u4e2s
As investigações continuam mesmo sem a representação da vítima contra o suspeito.
Segundo o delegado, os áudios da atual mulher de Ferraz – em que o acusa das agressões -; o relato de testemunhas que presenciaram o episódio; além de vídeos, prints de mensagens trocadas entre os envolvidos e os laudos médicos, irão compor o inquérito policial.
“O crime tem que ser elucidado. Uma lesão corporal simples, não depende da representação da vítima para a gente investigar. Agora, a Lei Maria da Penha prevê que se a lesão for entre marido e mulher não precisa de representação dela por causa dessa condição de vulnerabilidade”, explicou.
Como tudo começou 4z4j5g
Lucas Ferraz era apresentador da TV Vale, em Tangará da Serra, e estava na festa de fim de ano da empresa com a mulher, de 20 anos. Eles moram juntos.
Segundo a polícia, na confraternização o casal teve uma briga que teria sido causada por uma crise de ciúmes do jornalista, que, conforme o boletim de ocorrência, agrediu a jovem com socos.
Com o rosto machucado, ela foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Tangará da Serra por pessoas que estavam no evento. Entre elas, o chefe de Ferraz.
Durante o atendimento, a vítima relatou ao médico que havia sido agredida e a Polícia Militar foi acionada. De acordo com os policiais, no registro da ocorrência, a vítima tinha vários hematomas no rosto, porém na segunda-feira, em depoimento à Polícia Civil, ela negou que Ferraz a agrediu.
Após a repercussão do caso, o jornalista postou um vídeo nas redes sociais negando as agressões.
“Tem gente que quer prejudicar a vida dos outros, quer prejudicar a carreira dos outros, família dos outros. Tem muita gente que torce contra para que o cara seja uma pessoa errada, torta. Me respeita, tenho minha esposa, tenho minha família, vão procurar o que fazer”, disse.
O Grupo Agora Comunicação informou que o apresentador foi demitido também na segunda-feira (19). Em nota, disse ainda que é contrária a qualquer tipo de violência, em especial, contra a mulher.
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Medida Protetiva online – Pode ser solicitada pelo site da Polícia Civil. Clique em “Solicitar Medida Protetiva” e depois em “Iniciar Pedido de Medida Protetiva”.
SOS Mulher – Botão do Pânico – Aplicativo que deve ser instalado no celular e poderá ser utilizado para mulheres com medidas protetivas determinadas judicialmente e que morem em em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Rondonópolis, cidades com unidades do Ciosp instaladas.