Japão impõe prisão perpétua a assassino de irmãs campo-grandenses 1o5115
As duas irmãs foram encontradas mortas em apartamento na província de Aichi, região central do Japão, em meio a um incêndio criminoso 3s1s34
O Tribunal Distrital de Nagoya, no Japão, emitiu uma sentença de prisão perpétua para Edgard Anthony la Rosa, nesta terça-feira (27). Ele foi considerado culpado pelo assassinato brutal das irmãs campo-grandenses Michelle Maruyama, de 29 anos, e Akemy Maruyama, de 27 anos, ocorrido em 2015 naquele país.

As duas irmãs foram encontradas mortas no apartamento onde moravam, na província de Aichi, região central do Japão, em meio a um incêndio criminoso.
Exames médicos comprovaram que as vítimas foram estranguladas um dia antes do incêndio, desmentindo a suspeita inicial de morte devido ao fogo.

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O acusado, ex-marido de Akemy e cunhado de Michelle (vítimas), permaneceu em silêncio durante a leitura da sentença, conforme informou o advogado Ricardo Takeshi Koda, presente no tribunal.
O julgamento, que iniciou há algumas semanas, encerrou um doloroso capítulo de quase 10 anos após o crime.

Edgard Anthony la Rosa, de nacionalidade peruana, manteve um relacionamento conturbado com Akemy, chegando a agredi-la antes do crime. Sua negativa em aceitar o fim do casamento e seu histórico de comportamento agressivo foram destacados pela mãe das vítimas, Maria Aparecida Maruyama.
Maria expressou sua angústia no julgamento, ressaltando que, mesmo com a sentença proferida, nada poderá trazer suas filhas de volta.
“Foi muito triste o julgamento, eu tive que parar várias vezes porque ei mal. Foi horrível. Mesmo que ele pegue pena de morte, que ele pegue prisão perpétua, nada vai trazer minhas filhas de volta. Sem contar que ele é o pai das minhas netas, isso pesa bastante, a menorzinha nem tanto, né, mas a maior, a gente sabe, dá para perceber que ela sente toda a situação, sente muito”, ressaltou Maria.
Maria Aparecida, mãe de Michelle Maruyama e Akemy Maruyama
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Após o crime, as filhas de Akemy foram protegidas pelo governo japonês em um abrigo, até que, após anos de espera, a avó materna conseguiu a guarda das meninas por meio da justiça brasileira. Atualmente, as duas estão no Brasil, onde recebem apoio e cuidados da família.