Investigados de Cuiabá são alvos de operação contra golpes na internet 712gk
Investigados podem ter conseguido com os golpes, em todo o país, mais de R$ 2 milhões 356v29
A Polícia Civil deflagrou a operação “Laranja Podre” para prender membros de organizações criminosas voltadas à prática de crimes cibernéticos, cometidos em diversas cidades de Minas Gerais e em outros estados do país.

Entre os alvos dos mandados de prisão preventiva estão dois homens e uma mulher de Cuiabá. Os mandados foram cumpridos nessa segunda-feira (3). Outro alvo, um homem também da Capital, está foragido.
Os mandados, nove de prisões preventivas e sete de busca e apreensão contra os investigados, foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Frutal, de Minas Gerais.
Nesta terça-feira (4) foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e busca na cidade de Goiânia-GO contra um homem. Além de um mandado de prisão preventiva e busca contra um homem na cidade de Aparecida de Goiânia-GO.
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Também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e busca e apreensão na cidade de Anápolis contra um homem e uma mulher.
Segundo a polícia, os investigados constituíram organizações criminosas para praticar crimes de estelionatos, em especial os golpes de clonagem de WhatsApp, o golpe de Whatsapp e do falso intermediador da venda de veículos, obtendo vantagens ilegais de valores milionários em todo brasil, causando diversos prejuízos às vítimas.
Golpes aplicados 4c4j25
O delegado João Carlos Garcia Pietro Júnior explicou como se dão estes tipos de golpes. Na primeira, os criminosos clonam o WhatsApp da vítima, se am por ela e solicitam dinheiro dos parentes e amigos.
Na segunda, conhecido como golpe do WhatsApp, o criminoso utiliza dados públicos de uma pessoa, como nome e foto de perfil, e cria uma nova conta no aplicativo. Em seguida, entra em contato com os amigos ou familiares da vítima dizendo que trocou de número e inventa uma história para pedir dinheiro, solicitando valores de transferência via PIX para contas de terceiros, sob o pretexto que deve dinheiro.
Já o golpe do falso intermediador da venda de veículos usados conta uma ação mais sofisticada dos criminosos, segundo a polícia. Neste, o golpista precisa enganar tanto o vendedor quanto o comprador do veículo utilizando de dois argumentos diferentes, um para cada vítima, e a grande jogada é que ele pretende que uma não converse com a outra sobre o meio de pagamento e o valor a ser tratado.
Na hora de fechar o negócio da transferência do veículo, o falso intermediário diz que não pode ir até o cartório porque estará resolvendo uma situação e a a conta de um terceiro “laranja”. Momento em que a transferência é realizada para uma conta fornecida pelo criminoso, quando então as vítimas, logo após o pagamento pelo comprador, percebem que caíram em um golpe.
De acordo com a polícia, é neste tipo de golpe que os criminosos mais levam dinheiro das vítimas, uma vez que envolvem valores altos de veículos automotores.
Somente em Minas Gerais, os investigados aplicaram golpes nas cidades de Frutal, Belo Horizonte, Ponte Nova, Contagem, Pirapora, Mirabela, Paracatu, Sabará, Dores de Gunhaes, Teófilo Otoni, Cachoeira da Prata, Minas Nova, Ataléia, Vermelho Novo, Capim Branco, Entre Rios de Minas e Uberlândia.
Conforme a polícia, ainda foram praticados golpes pelos investigados nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Amazonas.
De acordo com a Polícia Civil, os investigados podem ter conseguido com os golpes, em todo o país, mais de R$ 2 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato na modalidade fraude eletrônica.
Conforme a polícia, as investigações prosseguirão por meio de apuração do crime de lavagem de dinheiro para rastrear o dinheiro angariado pelos golpistas e identificar os outros autores da organização criminosa, que agora querem dar aparência legal ao dinheiro arrecadado com os golpes.
Todos os mandados de prisões preventivas e mandados busca a apreensão foram expedidos pelo Vara Criminal de Frutal e contaram com parecer favorável do Ministério Público.
Nome da Operação 6d316p
A operação policial foi denominada de “Laranja Podre”, porque muito integrantes da organização criminosa tem se ado por “laranjas”, quando na realidade são coniventes e estão envolvidos nos esquemas criminosos e práticas ilícitas.