Investigação da Operação Simulacrum mostra como PMs teriam executado vítimas 4sd2d
Nas emboscadas, foi apurado que havia excessivo número de disparos efetuados pelos PM's, e ausência de disparos da região oposta 6c496v
Os policiais militares investigados na Operação Simulacrum seguem sendo apresentados para cumprirem mandados de prisão, para, em seguida, arem por audiência de custódia no Fórum de Cuiabá. Os militares são suspeitos de integrarem um suposto grupo de extermínio, que executavam suspeitos que teriam se envolvido em confronto com policiais. A intenção dos crimes, de acordo com as investigações, era promover os nomes dos PM’s envolvidos e de seus respectivos batalhões.

Segundo os investigadores, os depoimentos devem ser retomados na segunda-feira (4).
Os sete militares presos e que aram por audiência de custódia nessa quinta-feira (31) permanecem presos. Na manhã desta sexta, foram apresentados os policiais militares da força tática.
Segundo a Polícia Civil, os confrontos teriam ocorrido entre 2017 e 2020. Algumas semelhanças apuradas na investigação são que nos confrontos:
- Houve excessivo número de disparos efetuados pelos PM’s, e ausência de disparos da região oposta
- Inexistência de lesões de defesa nas vítimas
- Caracterização de “tiro encostado” (queima roupa)
“Colaborador dos PM’s” 2y1q10
Em vários casos houve a presença de um segundo ou até mesmo terceiro carro de apoio dos criminosos, que sempre conseguia fugir. Em quatro dos casos investigados o veículo era dos mesmos modelo e cor.
Foi neste ponto que as investigações identificaram o colaborador dos policiais militares. Um “segurança/vigilante” que ava informações para suspeitos de crimes, sobre locais fáceis e lucrativos para assaltar.
No entanto eles eram impedidos e mortos pelos PM’s, que alegavam que haviam recebido informações anônimas sobre os supostos assaltos, abordavam e agiam em legítima defesa.
Confrontos 584h40
Entre essas supostas emboscadas, uma testemunha apontou o confronto no Distrito Souza Lima, em Várzea Grande, em outubro de 2020. De acordo com policiais da força tática, os quatro suspeitos que estavam armados não obedeceram a ordem de parada, e foram mortos em uma troca de tiros.
Em um trecho da decisão que determinou as prisões dos policiais, segundo o suposto colaborador dos policiais militares, essa foi mais uma ação acertada entre ele e os militares, e a intenção era matar os suspeitos atraídos para um roubo fictício.
Em junho de 2020, na MT-251, na região do lago do manso, policiais militares da Rotam informaram que quatro suspeitos que iriam invadir um condomínio em uma região de chácaras, ao serem abordados, teriam atirado contra as viaturas, e os policiais revidaram os disparos.
Sobre esse episódio a testemunha afirmou que também foi uma emboscada. Investigação, exames de necropsia e de confronto balístico confirmam a versão dela.
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Nome da operação i3p6
Simulacrum é a tradução em latim de simulacro aquilo que tem aparência enganosa, por isso foi o nome escolhido para a operação, informaram a PJC e o MPE.
Manifestação da PM 576969
Em nota, a Polícia Militar informou que não concorda com eventuais desvios de conduta dos policiais alvos da operação, mas alega que eles “possuem boa reputação institucional e relevantes serviços prestados à sociedade mato-grossense”.