Influenciadora com vida de luxo aparece em lista do Programa de Reforma Agrária 4u6n2z

A denúncia feita por uma entidade que representa sem-terras revela a inclusão de nomes da influenciadora, de uma servidora pública com salário de R$ 9 mil e um fazendeiro. 5u4p4g

Uma influenciadora digital, uma servidora pública e um fazendeiro foram denunciados pela Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Planalto (Assoplan) por aparecerem na lista de beneficiados do Programa Nacional de Reforma Agrária, vinculada ao Projeto de Assentamento Tapurah/Itanhangá, na região norte de Mato Grosso.

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A influenciadora Michelle Zavodini foi denunciada por aparecer na lista do programa social do Incra para receber terras. Fotos: reprodução/Repórter Brasil

A denuncia da Assoplan citando a inclusão dos três nomes na lista do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi feita à Defensoria Pública da União(DPU) e ao Ministério Público Federal(MPF). A entidade representa 70 famílias sem terra da região, acampadas há mais de 10 anos à espera de um lote.

Os denunciados são: 4v5xy

  • Michelle Aparecida Zavodini – influenciadora digital;
  • Karen Larissa Torres – assessora jurídica da Defensoria Pública do Estado em Tangará da Serra;
  • Alex Stein Fortes – fazendeiro

Michelle Zavodini exibe em no Instagram uma rotina de festas, luxo e viagens. A influenciadora morou no Paraná até 2018 e é formada em pedagogia. Ela irmã de Leandro Zavodini, um produtor rural e proprietário da Agrícola Maripá, com sede em Lucas do Rio Verde (a 332 km de Cuiabá), um dos maiores polos de produção de soja do país.

Questionada sobre a inclusão de seu nome na lista do Incra, Michelle alegou não estar sabendo da denúncia e que por este motivo, “não tenho nada a declarar”.

A denúncia também cita Karen Larissa Torres, assessora jurídica da Defensoria Pública do Estado em Tangará da Serra (a 220 km de Cuiabá) desde agosto de 2022. A servidora também aparece no cadastro oficial como beneficiária de um dos lotes, apesar de receber salário mensal de cerca de R$ 9 mil e de não ter perfil de trabalhadora rural, segundo a denúncia encaminhada à DPU e ao MPF.

Procurada, Karen disse não ter conhecimento da denúncia envolvendo seu nome. 

Outro nome denunciado é o de Alex Stein Fortes, incluído na lista de assentados homologados no final de 2024. Fortes responde a uma ação civil pública movida pelo próprio Incra em 2022 por suspeita de manter posse indireta e indevida de um lote do assentamento Tapurah/Itanhangá, por meio de intermediários. A ação cita ainda possíveis desmatamento irregular, contratos simulados e financiamento milionário de produção agrícola em terras públicas. 

Procurado, o advogado de Fortes disse que não comenta processos sub judice. “A nossa visão dos fatos se encontra presente no processo e, em breve, tudo será devidamente esclarecido”, afirmou. 

O que diz o Incra sobre os inscritos? 4l3q6z

Conforme consta no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra), os nomes de Michele Aparecida Zavodini, Karen Larissa Torres e Alex Stein Fortes aparecem com a situação “bloqueados” no PA Tapurah/Itanhangá.

As homologações de ocupantes de lotes da reforma agrária ocorrem em conformidade com a Lei 8.629/1993, que dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal. Na condição de “bloqueado”, após verificação complementar do Incra no caso concreto para corrigir eventuais inconsistências, como é o caso dos três nomes citados, o cidadão poderá ser excluído da Relação de Beneficiários antes do o a qualquer política pública do Programa Nacional Reforma Agrária (PNRA).

De acordo com a Superintendência do Incra em Mato Grosso, as demandas do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU) foram recepcionadas. Houve encaminhamento das denúncias à Conciliação Agrária Regional.

Em 2024, a vistoria ocupacional feita pelo programa Incra/Radis (Projeto de Diagnóstico para Regularização Ambiental de Assentamentos da Reforma Agrária) identificou a possibilidade de regularizar famílias nos lotes do Assentamento Tapurah/Itanhangá. Embora o processo tenha sido levado adiante, o bloqueio assegura que o Incra analise de forma mais aprofundada os cadastros por meio de sua unidade em Mato Grosso, com a eventual exclusão de situações que não atendem os critérios de elegibilidade ou situações de irregularidade, quando for o caso.

As reintegrações foram suspensas temporariamente pela Justiça de Diamantino para que a Comissão de Conflitos Agrários faça uma visita ao local. Assim que o processo for reestabelecido, o Incra tomará todas as providências para assegurar o assentamento das famílias.

O Incra busca, juntamente com MPF e DPU, apoio policial para garantir que os beneficiários selecionados ocupem efetivamente os lotes retomados. Após isso, para garantir a permanência.

O que diz a Defensoria Pública Estadual do MT? 1f43s

A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso confirma que a servidora Karen Larissa Torres integra atualmente o quadro funcional da instituição.

A Defensoria informa que não tinha conhecimento prévio da inclusão do nome da servidora no cadastro do Programa Nacional de Reforma Agrária, situação que veio ao conhecimento da istração a partir da denúncia mencionada.

Diante dos fatos apresentados, será instaurado procedimento interno para apuração, no qual a servidora será ouvida e terá oportunidade de apresentar esclarecimentos quanto à regularidade de sua eventual participação no referido programa, incluindo informações sobre a data e as circunstâncias do seu cadastro.

Com informações de Repórter Brasil.

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