Indígenas têm barracos destruídos em fazenda de Naviraí 6f2s45
Dono da Fazenda Tejuy informou que vai continuar derrubando os barracos montados pelos indígenas, conforme o trabalho das máquinas forem avançando 6u4449
Indígenas Guarani e Kaiowá disseram ter sido alvos de um novo ataque em uma fazenda na zona rural de Naviraí, cidade a 366 quilômetros de Campo Grande, na madrugada desta segunda-feira (27). O povo do tekoha Kurupi, relatou que os funcionários de um fazendeiro destruíram barracos e instrumentos sagrados da comunidade.
Segundo os relatos dos indígenas, os funcionários da Fazenda Tejuy estão avançando com tratores sobre a comunidade, numa área de preservação permanente da propriedade, sobreposta ao território reivindicado pelos Kaiowá.
Os funcionários, segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), teriam contado com escolta policial para “gradear” a terra. Segundo os Kaiowá, os fazendeiros usam esta atividade como justificativa para contar com a escolta policial e aproveitam a ocasião para avançar contra os indígenas.
Não é a primeira vez 2z63m
Na última quinta-feira (16), os indígenas do tekoha Kurupi também sofreram uma investida fazendeiros e da Polícia Militar, que contou inclusive com o uso de helicópteros e disparos de armas de fogo. Segundo os indígenas, o ataque ocorreu após funcionários da fazenda Tejuy avançarem sobre a área de preservação permanente ocupada pela comunidade.
Resposta do fazendeiro 1e22i
Procurado pela reportagem, o dono da Fazenda Tejuy informou que vai continuar derrubando os barracos montados pelos indígenas, conforme o trabalho das máquinas forem avançando. Desde que construíram os barracos dentro da fazenda, segundo o fazendeiro, os indígenas tem feito “bagunça”, como dar tiros pro ar.
O produtor também afirmou que os indígenas seguem ameaçando os trabalhadores da propriedade, enquanto, afirmam que as terras estão demarcadas. O dono da propriedade ainda afirmou que tem tomado providências dentro da lei, como procurar a polícia e a Justiça Federal. Concluiu dizendo que tem a escritura das terras há 50 anos e que não é invasor, mas os indígenas, sim.