Homem acusado de matar jornalista Léo Veras é inocentado 50s6b
O julgamento de Waldemar Pereira Rivas, de 43 anos, foi realizado no “Tribunal de Sentencia de Pedro Jaun Caballero” – cidade paraguaia que faz fronteira seca com Ponta Porã 6s134e
A justiça de Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, inocentou o principal suspeito de executar o jornalista Léo Veras em fevereiro de 2020. Conhecido como “Cachorrão”, Waldemar Pereira Rivas, de 43 anos, foi absolvido do crime por “faltas de prova”.

Leia mais n1u6n
O julgamento de Waldemar foi realizado no “Tribunal de Sentencia de Pedro Jaun Caballero” – cidade paraguaia que faz fronteira seca com Ponta Porã, a 295 quilômetros de Campo Grande – nesta quinta-feira (3). Ele foi denunciado como o assassino de Veras um ano e dois meses depois do crime, mas hoje, saiu livre das acusações.
No tribunal, o entendimento foi de que não havia provas da ligação dele com a execução ou com facções criminosas que atuam na região de fronteira. No tribunal, o Ministério Público chegou a ser acusado de fazer um “péssimo trabalho”. “Não há nexo de causalidade de que o acusado seja o braço logístico de alguma organização criminosa”.
“Sabemos que é um caso notório, mas também existem órgãos superiores que podem analisar nosso trabalho e não podemos condenar uma pessoa sem provar sua participação no ato”, disse a presidente do Tribunal, Carmen Elizabeth Silva Bóveda ao site ABC Color.
Léo Veras foi morto com 12 tiros enquanto jantava na sala de casa com a família, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. Dono do site Porã News, ele atuou por anos no município sul-mato-grossense e escreveu diversas matérias contra grupos criminosos que pelo tráfico de drogas, espalha o terror na região.
Investigação 4k5f44
Segundo a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), oito horas antes de sua morte, o jornalista Léo Veras estava empenhado em buscar mais informações sobre duas mortes atribuídas a um pistoleiro do PCC: a de Adolfo Gonçalves Camargo, de 31 anos, ocorrida em 16.ago.2019, e o desaparecimento do comerciante Roney Fernandes Romeiro, de 35 anos, dois dias depois da morte de Camargo.
Em seu site, o Porã News, Veras informou que policiais investigavam Genaro Lopes Martins, conhecido como “Animal do PCC”, como o suposto executor dessas mortes. Ele é conhecido por torturar as vítimas e esquartejar seus corpos.