Grazi foi torturada por 25 minutos antes de ser morta pelo marido 254x2q
Suspeito tentou suicídio para não ser preso e segue internado 145h24
Antes de ser morta com golpes de faca, Grazielly Karine Soares Alves de Lima foi torturada por 25 minutos pelo companheiro, Edmilson Veríssimo Reis, de 33 anos. A jovem de 28 anos teve o cabelo cortado e o corpo perfurado pelo menos seis vezes na noite de terça-feira, 21 de junho, em Corumbá – cidade a 446 quilômetros de Campo Grande.

Grazi e Edmilson estavam juntos há alguns anos, mas segundo testemunhas, viviam um relacionamento tumultuado, marcado por ciúmes e brigas. Em março, a mulher foi agredida pelo companheiro e procurou a polícia. Nessa época, uma medida protetiva que proibia o suspeito de chegar perto foi determinada pela justiça, mas a separação não durou muito.
Na noite de terça-feira (21) os dois saíram para jantar. Foram até um restaurante no centro de Corumbá e por volta das 23 horas voltaram para a casa de Edmilson. Assim que chegaram, a sessão de tortura começou.
Depois de matar a companheira, o suspeito ligou para amigos e contou sobre o crime. Eles foram ao local e chamaram a polícia. Toda essa movimentação e os últimos os da Grazi ao lado de Edmilson, foram registrados por câmeras de segurança. A polícia teve o aos vídeos e foi por eles que descobriu a hora que a vítima foi assassinada.
Do momento em que chegaram em casa até Edmilson fugir, foram 25 minutos de violência. Grazielly foi deixada já sem vida, sentada no sofá, em meio a muito sangue, com várias perfurações pelo corpo e o cabelo cortado. O celular dela foi quebrado e vários documentos rasgados. Tudo isso foi largado no chão, em meio a garrafas estilhaçadas.
“Não sei como foi o jantar, mas testemunhas revelaram que estavam normais, eu acredito que ele estava premeditando o crime”, afirmou a delegada responsável pela investigação, Tatiana Zyngier e Silva, titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher).
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A motivação 6q6n5t
Os motivos que levaram ao crime ainda são apurados pela delegacia especializada, mas uma testemunha revelou que uma suposta traição estaria “atormentando” Edmilson. A situação teria se agravado depois que uma mulher confirmou o envolvimento de Grazielly com outro homem por mensagem.

No jantar anterior ao crime, Edmilson já sabia da suposta traição e por isso a polícia acredita que a tortura a Grazielly foi premeditado. “Isso foi o que uma das testemunhas nos ou. Que ele estaria desconfiado da traição e uma mulher teria contado isso para ele. Se de fato é isso aconteceu ou era alucinação da cabeça dele, só a investigação vai poder dizer”, detalhou a delegada.
Apesar da história contada por testemunhas, a única certeza até o momento é o ciúme excessivo de Edmilson, não só com Grazi, mas em todos os relacionamentos ados. O mesmo comportamento “possessivo” levou Edmilson a esfaquear um ex-namorada. O caso aconteceu em 2012 e é um dos quatro boletins de ocorrência de violência doméstica registrados contra ele.
Grazielly também já havia sido agredida, mas segundo a delegada, pouco depois pediu para retirar a medida protetiva e sequer foi ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) para fazer os exames de corpo de delito.
“Por isso sempre orientamos as vítimas de violência, tenham força para seguir o precedimento, manter a decisão e não retornar os relacionamentos, porque a gente realmente não sabe o quanto essa violência pode evoluir. Como nesse caso, esse autor já demostrava ser uma pessoa suscetível a evoluir, porque ele já tinha cometido crimes graves anteriormente”, lamentou Tatiana Zyngier.
Para comprovar a versão, a investigação espera conseguir o ao celular do suspeito, que já foi apreendido.
A prisão 2r2854
Depois da descoberta do crime, as buscas por Edmilson começaram imediatamente, mas ele só foi encontrado no fim da tarde. Ele estava em uma casa da parte alta de Corumbá e quando percebeu os policiais, atirou na própria cabeça. Ele foi socorrido e segue internado na Santa Casa de Corumbá em estado gravíssimo na Santa Casa de Corumbá.
“O estado dele é gravíssimo, corre o risco de morte cerebral. Os médicos explicaram que às próximas 24 horas são determinantes para saber se ele vai sobreviver ou não”.
Além de Edmilson, outro dois homens são investigados por envolvimento no caso. Os dois seriam amigos do suspeito e estavam na mesma casa em que ele foi encontrado.
Depois que o suspeito foi socorrido, os dois amigos foram levados para a delegacia, prestaram depoimento e foram liberados, mas agora respondem pelo crime de favorecimento pessoal, isso porque ajudaram Edmilson a se esconder da polícia e assim ficar livre da punição pela morte da companheira.
