Grãos sumiam de fazendas com ajuda interna e caminhões com placas frias em MT 6o2o1u
Operação Frota Oculta prendeu sete pessoas e revelou rede estruturada que causou prejuízo milionário a produtores rurais em General Carneiro, Nova Mutum e Tangará da Serra. 455r58
Uma organização criminosa com atuação em propriedades rurais de Mato Grosso desviava cargas inteiras de grãos com a ajuda de funcionários das próprias fazendas e usava caminhões com placas adulteradas para dificultar o rastreamento.
As informações são resultado da Operação Frota Oculta, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (14), que levou à prisão de sete pessoas e ao cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão.
O grupo operava em regiões de grande produção agrícola, como General Carneiro, Nova Mutum e Tangará da Serra, e causou prejuízo estimado em mais de R$ 2,5 milhões.
A quadrilha contava com divisão de tarefas, estrutura de transporte própria e até movimentações financeiras simuladas para dificultar o rastreamento dos lucros obtidos com os desvios.
Funcionários liberavam cargas fora do sistema 1d5u1h
As investigações indicam que o esquema contava com a colaboração direta de empregados fixos das fazendas.
Um funcionário do setor istrativo e um “balanceiro” — responsável pela liberação das cargas — permitiam a entrada e saída de caminhões sem ordens formais ou qualquer registro nos sistemas internos das propriedades.
As ações ocorriam em horários específicos e foram documentadas por câmeras de segurança. As irregularidades chamaram a atenção dos produtores, que acionaram a polícia após auditorias internas constatarem a ausência de documentos para dezenas de carregamentos.
Placas falsas e empresa de transporte envolvida 8486f
Para escoar os grãos furtados, o grupo utilizava caminhões com placas adulteradas. Parte da frota pertencia a uma empresa de transporte cujos veículos foram identificados nas investigações.
A proprietária da empresa também é alvo da operação e é suspeita de ter autorizado o uso dos caminhões e realizado transações financeiras com membros da quadrilha.
Com funções bem definidas, os integrantes atuavam desde a liberação das cargas até a condução dos veículos e o recebimento dos produtos. Depósitos bancários considerados incompatíveis com o perfil econômico dos envolvidos reforçam os indícios de crime.
Sequestro de bens e bloqueio de contas 2s4c5o
Para conter o avanço do esquema e recuperar parte do prejuízo, a Justiça autorizou o sequestro de bens e a suspensão das atividades da empresa de transporte envolvida. Também foram determinadas quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Segundo a Polícia Civil, a Operação Frota Oculta segue com análise dos materiais apreendidos e rastreamento dos ativos financeiros. Os investigados devem responder por furto qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro e adulteração de sinal identificador de veículo.
