Golpistas não perdoam nem tragédia ambiental; fique atento 64281

Nem a tragédia que vive o Rio Grande do Sul escapou da mira dos criminosos. Enquanto o país se mobiliza para ajudar as vítimas das enchentes em mais de 400 cidades gaúchas, os golpistas aproveitam a onda de solidariedade para desviar o dinheiro das doações. Em Mato Grosso do Sul já teve quem foi vítima do crime.

A nutricionista Roselene Silveira decidiu doar depois de ver um vídeo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e só depois de fazer a transferência notou que algo estava errado.

“O vídeo do governador tem circulado amplamente nas redes sociais, pedindo doações. Ele ainda fala que está reativando um Pix e momento que ele fala o Pix e mostra embaixo o Pix correto, essa imagem é cortada e mostra a situação da enchente. E neste momento já tem lá onde você clica para fazer a doação, que direciona para outro lugar”.

Roselene Silveira

Com o recibo em mãos, percebeu que o dinheiro havia sido enviado para uma empresa desconhecida.

“Quando eu peguei o recibo, vi que o CNPJ é outro, que o favorecido era outro. Ai fiquei desconfiada. Ai comecei a investigar e cheguei a um site de reclamações com o nome dessa empresa que estava no meu recibo e abri um chamado com minha dúvida, se a doação tinha chegado ao não”.

Roselene Silveira

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Para evitar o golpe, o próprio governador Eduardo Leite gravou um vídeo para explicar os dados que devem aparecer no Pix. “A chave de doação é para SOS Rio Grande do Sul, vai aparecer como destinatário SOS Rio Grande do Sul. E a instituição de recebimento é o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), se não aparece isso na hora da doação é porque é um golpe”.

Para evitar golpes como o que Roselene Silveira foi vítima, os especialistas recomendam alguns cuidados:

• Verificar o URL da página se ela é a mesma das informações que estão apresentadas no navegador
• Verificar se o recurso da página estão funcionando, e não só os botões de doação
• Sempre verificar os dados da doação

Segundo o especialista em direito digital, Raphael Chaia, a recomendação é que as doações sejam feitas sempre para grupos de referência, como o governo do Rio Grande do Sul, o Ministério Público, a Defensoria Pública e outros órgãos oficiais.