Funcionária de creche suspeita de dopar bebês pode voltar à prisão 2d63d

Mariana de Araújo Correia, de 26 anos, e Caroline Florenciano dos Reis Rech, de 30, dopavam e agrediam as cerca de 40 crianças atendidas em creche clandestina 7248v

A Justiça não descarta mandar Mariana de Araújo Correia, de 26 anos, de volta à prisão. Ela é suspeita de dopar crianças em uma creche na cidade de Naviraí, distante 342 quilômetros de Campo Grande. Mariana chegou a ser presa, nesta terça-feira (11), mas pagou R$ 1.320,00 de fiança e foi colocada em liberdade, sem ar por audiência de custódia.

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Creche onde as crianças eram torturadas. (Foto: Polícia Civil)

Contou a favor de Mariana, o fato dela ser ré primária ao contrário da patroa, Caroline Florenciano dos Reis Rech, de 30 anos, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Mariana foi autuada por “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”. O crime tem pena de detenção, de três meses a um ano. Entretanto, conforme o juiz Paulo Roberto Cavassa de Almeida, da 1ª Vara Criminal de Naviraí, a conduta de Mariana “não se adéqua perfeitamente” ao tipo penal indicado pela Polícia Civil.

“A depender das investigações e da produção de demais provas, poderá eventualmente ser reexaminada por este Juízo, em momento oportuno, vez que conforme o apurado, a indiciada supostamente teria se omitido em face de um dever de cuidado, podendo, portanto, responder por crime mais grave”, pontuou Cavassa no termo da audiência de custódia.

A reportagem tentou entrar em contato com Mariana, sem sucesso. A defesa da suspeita também não foi encontrada.

Patroa continua presa 2e472v

A creche clandestina, Cantinho da Tia Carol, atendia cerca de 40 crianças e pertencia à Caroline Florenciano. A Polícia Civil descobriu que os pequenos estavam sendo dopados e torturados no local depois que uma menina denunciou as agressões. A criança era uma ex-aluna da creche.

Diante das denúncias, a DAM (Delegacia da Mulher) de Naviraí obteve autorização judicial e armou monitoramento de áudio e vídeo no local. As imagens mostram Caroline e Mariane agredindo e dopando as crianças com remédio para enjoo, cujo efeito colateral é o sono.

Tais elementos são suficientes para justificar que a dona da creche continue atrás das grades, segundo o juiz da comarca de Naviraí.

“A prisão preventiva mostra-se necessária para garantia da ordem pública, dada a gravidade concreta dos fatos”, pontua Paulo Roberto Cavassa. A extensa ficha criminal de Caroline, conforme o juiz, também indica que a suspeita se trata de uma “pessoa de má índole, perigosa e com possibilidades concretas de reiteração delituosa”.

“Além disso, tendo em vista a potencial facilidade de o, tanto às crianças, que ainda não foram submetidas a exames periciais, bem como quanto aos respectivos familiares, mantê-la em liberdade, ao menos por ora, seria uma medida temerária, sendo necessária a sua retirada cautelar do convívio social, não vislumbrando que outra medida cautelar diversa seja suficiente e adequada”, ressaltou o juiz ao converter a prisão da mulher em preventiva.

A reportagem também não conseguiu contato com a defesa da proprietária da creche clandestina.

Denúncia e flagrante 4r5a28

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Equipe de investigação que prendeu as agressoras. (Foto: Polícia Civil)

A criança que denunciou as agressões não foi vítima dos crimes, conforme a Polícia Civil. Contudo, ela presenciou Caroline agredindo os bebês, batendo as cabeças deles no sofá e colocando pano na boca de uma delas para que não chorasse enquanto a mulher assistia um seriado na televisão. A menina contou, ainda, que a mulher dava remédios para as crianças dormirem quando estavam chorando.

Diante das denúncias e com autorização judicial, o departamento de inteligência da Polícia Civil instalou equipamentos de áudio e vídeo na creche. Foi então que equipe liderada pela delegada Sayara Baetz, da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Naviraí ou a acompanhar a transmissão ao vivo para confirmar a suspeita.

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No final da manhã de segunda-feira (10), Caroline agrediu uma bebê, de 11 meses. Pelo monitoramento os investigadores viram a bebê em um colchão no chão, sozinha. Quando ela saiu do travesseiro em que estava, Caroline tirou a criança do colchão e a jogou brutalmente de volta no local por 2 vezes. A mulher também deu tapas na bebê e disse que a pequena era “sem vergonha”. Em outro trecho, Mariane aparece dopando a criança.

Diante do flagrante, uma equipe foi ao local para intervir, enquanto outra equipe permaneceu analisando as imagens. As mulheres foram presas e o Conselho Tutelar também foi acionado. A bebê de 11 meses realizou exame de corpo de delito, sendo constatada pela perícia médica que a criança apresentava edema no rosto e lesão bolhosa no pé esquerdo. As outras crianças foram entregues aos responsáveis.

Caroline foi autuada em flagrante pelos crimes de tortura qualificada e exposição da saúde de outrem à perigo – mesmo crime também foi atribuído à Mariana.

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