Fuga no presídio: presos aproveitam neblina e pulam muralha da Máxima 3ha3x
Dois foram capturados e um está foragido. Ele cumpria pena por homicídio e roubo 6h3s5b
A neblina que cobriu Campo Grande na madrugada deste sábado (4) foi o cenário perfeito para internos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho organizarem um plano de fuga da unidade prisional. Um dos suspeitos conseguiu escapar, mas outros dois foram capturados pelos policiais penais.
Conforme a Agepen (Agência Estadual de istração do Sistema Penitenciário), os três internos estavam na cela 121 do pavilhão 2 e aproveitaram a forte neblina da madrugada para fugir. Por volta das 3h40, eles serraram as grades e correram em direção a muralha. Para conseguirem subir, improvisaram uma corda de panos amarrados.
Os internos escolheram um ponto perto de uma guarita, que fica nos fundos do presídio e ao lado da base do Cepo (Comando de Operações Penitenciárias), para começar escalar a muralha. Mesmo com a forte neblina e a difícil visibilidade, os policiais penais conseguiram ver a movimentação de acionaram o alarme da unidade.
Com ajuda do Cope, policiais militares conseguiram recapturar dois dos suspeitos: Agapto Cesar Machado Esquivel e Carlos Wellington Avelar dos Santos. Eles acabaram de machucando ao pular o muro do presídio e depois de presos, receberam atendimento antes de serem devolvidos as celas da Máxima de Campo Grande.
O terceiro interno, no entanto, conseguiu escapar. Ele foi identificado como Emerson Siqueira da Silva, de 35 anos.
Nas primeiras horas deste sábado, policiais fizeram várias buscas pela região e chegaram a vistoriar a parte de dentro da unidade, já que existe a possibilidade de Emerson ter se escondido na tubulação de esgoto do presídio. Mas, até o momento, ele continua foragido.
Agora, a Agepen investiga de que forma Emerson conseguiu fugir, já que não foi possível identificar pelas câmeras por qual caminho ele seguiu. As muralhas da Máxima são vistoriadas pela Polícia Militar, mas informações de moradores da região readas para a reportagem revelam que policiamento não está acontecendo.
Apesar da situação, as visitas de sábado foram mantidas pela Agepen.
De homicídio ao roubo, as prisões de Emerson 4k2027
Hoje o foragido responde a três processos na justiça. Ele foi preso em Mato Grosso do Sul em 2018, acusado de matar o pai de um adolescente na cidade de Petrolina, em Pernambuco.
Na época, ele, o pai e o irmão, foram capturados pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros). O trio se mudou para Campo Grande depois que o Emerson atirou em um homem que tentou tirar satisfação com a família ao saber que o filho, de 17 anos, havia levado um tapa no rosto por usar pipa com cerol.
O pai de Emerson foi quem bateu no adolescente e segundo ele, o pai do menino queria vingança, por isso atirou e esfaqueou o homem. Depois, os três fugiram do nordeste, aram por vários estados, até chegarem em Mato Grosso do Sul. No dia em que foram descobertos, ainda estavam com armas sem registro e documentos falsos. Por isso acabaram detidos em flagrante também.
Dois anos depois, em 2021, Emerson se envolveu em outro crime. Dessa vez, foi apontado como um dos integrantes de uma quadrilha que invadiu e roubou fazenda de Jaraguari. Quem estava na propriedade durante a ação foi amarrado e trancado no banheiro da sede. Os bandidos fugiram em seguida, com um caminhão, uma caminhonete S10, R$ 700 e vários eletrodomésticos.
Parte do grupo acabou interceptado na BR-262. O resto foi identificado e detido em seguida. Emerson e outros cinco comparsas respondem pelo crime na justiça.
