Francielle, 36 anos, torturada por um mês até a morte, na frente do filho de menos de dois anos 1m6kf
Mulher de 36 anos foi torturada e agredida até a morte pelo marido, Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, no Portal Caiobá, em Campo Grande. A vítima, Francielle Guimarães Alcântara, viveu os últimos 30 dias trancada em casa, sendo alvo de agressões diárias na frente do filho, de 1 anos e 8 meses.

Segundo o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, a mulher era torturada o tempo que foi mantida em cárcere. Tudo acontecia na frente do bebê, segundo apurado pela investigação. Neste período, a mulher foi proibida de manter qualquer contato com a família.
Para despistar a polícia, o suspeito – que é soldador e agiota – ainda simulou uma morte natural. Chamados, socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) levaram o corpo para o Serviço de Verificação de Óbito, sem perícia, portanto.
Lá, o médico percebeu que havia algo errado e o caso foi enviado para a 6ª Delegacia de Polícia Civil como morte a esclarecer. A morte, segundo os levantamentos feitos, nesta quarta-feira (26).

Na unidade policial, no entanto, a equipe de investigação percebeu que Francielle tinha lesões de estrangulamento e perfurações nas costas. Foi pedida uma nova perícia ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) que comprovou as lesões por agressão.
O suspeito agora é procurado por homicídio qualificado por tortura e feminicídio. A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) vai assumir o caso.