Filho de Carlos Bezerra é transferido para cela especial no Presídio da Mata Grande a1t63
Carlos Alberto Gomes Bezerra - filho do deputado federal, Carlos Bezerra (MDB) - responde por feminicídio qualificado e homicídio. 504l2b
Carlos Alberto Gomes Bezerra – filho do ex-deputado federal, Carlos Bezerra (MDB), foi transferido nessa sexta-feira (3) da PCE (Penitenciária Central do Estado) para o Presídio da Mata Grande, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

Ele responde pelo feminicídio qualificado contra Thays Machado e homicídio qualificado contra Willian Cesar Moreno. O caso foi registrado em 18 de janeiro, em Cuiabá.
A transferência foi determinada pelo juiz Geraldo Fidélis, da 2ª Vara de Execuções Penal, que atendeu pedido feito pela defesa de Carlos Alberto, feita pelo advogado Francisco Faiad. Por possuir curso superior, Carlos Alberto está em uma cela especial.
Segundo o MPMT (Ministério Público de Mato Grosso), há provas mais do que robustas da materialidade do crime e indícios suficientes da autoria, além de outros requisitos autorizativos previstos no P (Código de Processo Penal).
De acordo com a denúncia, o feminicídio foi cometido por motivo torpe vingança (pelo término do namoro), de forma cruel e impossibilitando a defesa da vítima.
“Agiu o denunciado de forma cruel e covarde, revelando extrema perversidade, ao agredir a vítima com diversos disparos de armas de fogo, descarregando uma pistola semiautomática em área urbana de intensa movimentação de pessoas, em plena luz do dia, no horário comercial de um dia útil”, narrou o promotor Jaime Romaquelli.
Menosprezo à mulher 2z2d5j
O promotor acrescentou que “Carlos Alberto praticou o crime, com relação à vítima Thays Machado, num contexto de violência doméstica por ele alimentada, prevalecendo-se de sua superioridade física, em flagrante menosprezo à condição de mulher da vítima Thays (eram ex-conviventes), e, portanto, por razões da condição do sexo feminino da vítima, pois com ela manteve um relacionamento amoroso.”

O homicídio também foi qualificado na denúncia por motivo torpe, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima Willian Cesar Moreno.
Segundo o promotor, a ação foi calculada e levou o acusado a comparecer naquele local, “exatamente no momento em que as vítimas, Thays e Willian estavam expostos na calçada de costas para a rua, subtraiu deles a possibilidade de realizar qualquer gesto efetivo de defesa (abaixar-se, correr), sendo acolhidas de surpresa, recebendo os tiros fatais enquanto o atirador estava dentro do veículo”, argumentou.
As investigações foram conduzidas pelo delegado Marcel Oliveira, integrante da DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa). O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual, que decidiu pela denúncia.
O crime 4q1j6h
Thays e seu namorado, Willian, foram mortos na tarde do dia 18 de janeiro, na frente de um prédio residencial, no bairro Alvorada, em Cuiabá. Carlos atirou seis vezes contra o casal, atingindo cada vítima com, pelo menos, três disparos.

O autor do duplo homicídio foi preso em flagrante, horas depois do crime, em uma fazenda na região do município de Campo Verde, 139 km de Cuiabá.
No dia da prisão, equipes da Polícia Civil realizaram buscas contínuas a fim de esclarecer o crime e a autoria. Com o acusado, foi apreendida a arma usada para matar as vítimas.
Buscas na casa do suspeito 20236f
Durante buscas na casa de Carlos Alberto, na manhã do dia 23 de janeiro, investigadores da Polícia Civil encontraram rastreadores. Conforme as investigações, Carlos tinha geolocalização da vítima e a agenda de contatos da mulher. Além disso, o suspeito ainda buscava saber quem eram as pessoas que Thays entrava em contato.
Segundo a polícia, a investigação apontou que Carlos perseguia Thays insistentemente e no dia do crime, no meio da madrugada, ele seguiu a vítima depois que ela saiu do Aeroporto Marechal Rondon, onde foi buscar Willian.
Era 3h55 da madrugada de 18 de janeiro, quando Thays fez contato com o Ciosp pelo número 190 e relatou, em desespero, que estava na Avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha) quando foi seguida pelo autor dos homicídios.
Ela contou ainda que ele costumava andar armado. A vítima recebeu ainda orientação para procurar a Delegacia da Mulher e foi solicitado que entrasse em contato, caso fosse necessário.