Filha de 5 anos de sargento assassinado chora todos os dias pelo pai, diz família 5v2d2a
A principal linha de investigação da polícia é de que o sargento foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte). Ele teve a arma roubada após ser atingido por um tiro na cabeça pelas costas. 644642
O sentimento de dor e saudade dos familiares do sargento da Polícia Militar de Mato Grosso, Odenil Alves, de 47 anos, se intensifica ainda mais nesta sexta-feira (28), exatos 30 dias após sua morte. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça por Raffael Amorim de Britto, de 28 anos, que em seguida roubou a arma do militar.
O Primeira Página conversou com um familiar, que prefere não se identificar por medo, diante do crime e das buscas pelo atirador.

A caçada começou em 28 de maio, e mobiliza policiais de vários batalhões, incluindo recompensa de R$ 10 mil.
“Ele era uma pessoa humilde, esforçada, batalhadora, trabalhadora, honesta, um bom marido, um excelente pai. Era um rapaz caseiro (…). Está sendo tudo muito difícil. Foi muito repentino, então os filhos, principalmente a pequena de 5 anos, que chora todos os dias chamando por ele”, conta.
O sargento era lotado no 3º Batalhão e estava lanchando após o serviço, em frente à UPA Morada do Ouro, quando foi surpreendido por um criminoso, que se aproximou do local em uma moto e atirou contra ele. Odenil deixou três filhos: uma menina de 5 anos, um adolescente de 16 anos e uma filha de 24 anos.
O familiar detalha que esteve com o sargento naquele dia pela manhã, acompanhando a mãe dele em uma consulta. Pouco tempo depois ele precisou ir embora para trabalhar. Durante a tarde receberam a triste notícia de sua morte.

“Se eu soubesse que seria o último dia, jamais deixaria de ter dado o último abraço nele. Pelo menos um último tchau, mas não há nada que vá trazer ele de volta”, disse.
O parente conta ainda que a família tem acompanhado de perto as investigações e recebem regularmente atualizações sobre o caso.
“Está difícil para todos nós. Os pais dele já são de idade, o pai é adoentado e chora bastante perguntando pelo filho, e a mãe também. Hoje completam 30 dias da morte e o atirador ainda não foi encontrado, mas a Polícia Militar tem dado grande e pra nós. A gente tem visto a polícia na rua, nos bairros, então acreditamos que, no tempo de Deus, ele vai ser encontrado o mais rápido possível”, destaca.
Recompensa de R$ 10 mil 71p29
Quem tiver informações sobre a localização do suspeito deve reá-las pelo Disque Denúncia da Polícia Militar: 0800-0653939.
A polícia de Mato Grosso ressalta que a identidade do informante será mantida em sigilo, e o pagamento da recompensa será via Pix.
A principal linha de investigação da polícia é de que o sargento foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte). Ele teve a arma roubada após ser atingido por um tiro na cabeça pelas costas.
Segundo a polícia, o executor do sargento Odenil Alves, teria sido localizado em um residencial em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, em 12 de junho, mas conseguiu fugir por uma área de mata.

Um homem, de 32 anos, foi preso em 9 de junho por auxiliar na fuga de Raffael. A prisão ocorreu após a PM receber informações da equipe integrada de inteligência do Bope (Batalhão de Operações Especiais) de que um veículo Ônix, utilizado para dar apoio na fuga de Raffael, estava em uma residência localizada no bairro Novo Paraíso em Cuiabá.
Questionado sobre o motivo da fuga, o suspeito confessou que é integrante de uma organização criminosa e que teria recebido ordens para dar apoio na fuga de Raffael após o homicídio do sargento Odenil Alves Pedroso, e que tinha o deixado numa região rural conhecida como Monte Sinai.
Outros três suspeitos de auxiliarem na fuga do homem que teria matado o sargento morreram em confronto com policiais em 29 de maio em Sinop, a 503 km de Cuiabá.

Localização de moto usada pelo suspeito 49715l
As equipes da DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) localizaram a motocicleta, o capacete, botinas e uma jaqueta utilizados pelo criminoso no momento da execução.

O veículo e os pertences foram apreendidos em um endereço na Rua Paraná, do bairro A 2, onde, segundo a polícia, o autor do homicídio do policial abandonou os materiais logo após cometer o crime.