"Faria de novo", diz amigo de mulher morta que tentou parar atropelador 6i36z
Atitude de amigo ajudou a impedir que motorista embriagado fugisse, após atropelar e matar Michelli Alves Custódia, na última quinta-feira 5w374q
As lembranças traumáticas do que aconteceu na madrugada da última quinta-feira (13), no bairro Jóckey Club, ainda surgem como flashes na memória de Victor Nunes Uchoa Cavalcanti, de 32 anos. Aos poucos, o representante comercial, que se jogou na frente de um carro para parar motorista suspeito de atropelar duas pessoas, e matar uma delas, vai se lembrando do acidente.

“Eu ouvi um barulho forte, olhei e subi no carro em movimento. Ele não tinha parado. Bati a cabeça no para-brisa e, pelo buraco, tentei puxar ele. Foi onde eu me machuquei e quebrei a boca”, revelou em entrevista, na manhã desta segunda-feira (17), ao deixar à 5ª Delegacia de Polícia Civil da capital, onde prestou depoimento.
De Marília, no interior de São Paulo, Victor está hospedado na casa de um primo de Michelli Alves Custódio, de 36 anos, a moradora atropelada que não sobreviveu ao acidente. “Ela tinha procurado a gente, porque tinha uma gritaria na rua. A gente achou que estava acontecendo alguma coisa e, quando chegamos na casa dela, foi quando tudo aconteceu”.
Com a força do impacto ao se jogar contra o carro, Victor também sofreu fraturas no pé e no joelho. Por conta disso, o trabalhador precisou ar alguns dias internado na Santa Casa de Campo Grande, de onde recebeu alta, no fim de semana.

Ainda assim, conforme antecipou a equipe médica ao representante comercial, procedimentos cirúrgicos não estão descartados.
Mesmo ferido, Victor garante não se arrepender da atitude que teve. “Eu faria isso de novo, pela amizade dela, por conhecer ela, e por qualquer outra pessoa. Eu só agradeço por estar vivo, mas eu faria tudo de novo. Eu ainda vou ter tempo para me recuperar, mas, infelizmente, a Michelli não teve”.
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Além de Victor, a Polícia Civil também ouve familiares e testemunhas do acidente que matou Michelli, nesta segunda. Charles de Goes Júnior, de 30 anos, era o motorista do carro que tentou fugir após atropelar duas pessoas e ainda atingir Victor
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Charles ou por audiência de custódia, na última sexta-feira (14), quando teve o flagrante convertido em prisão preventiva. Ele alegou que o pneu do carro estourou, fazendo com que ele perdesse a direção do veículo e que, por isso, subiu com o carro na calçada, atropelando as vítimas. Porém, a versão é contestada pela Polícia Civil.
Além disso, o motorista confessou ter ingerido bebidas alcoólicas por cerca de 9 horas, antes do acidente.
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