"Fantasma” lavou dinheiro do tráfico com clínica de estética 10114u
Caio Benasconi teve a prisão mantida pela Justiça Federal durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (3) nd2t
Caio Benasconi, o “fantasma da fronteira” preso ontem (2), em Ponta Porã, contava com o apoio da esposa Bruna Nayara Calciolari para ocultar o dinheiro adquirido com o tráfico de drogas, através de empresas e imóveis de alto padrão. Após o flagrante nesta terça-feira (2), o traficante teve a prisão mantida pela Justiça Federal durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (3). Caio está sob custódia da Polícia Federal em Campo Grande.

“Fantasma” estava foragido da justiça paulistana desde 2015 e em 2020 teve outra prisão decretada, na Operação Além-Mar, megaoperação da Polícia Federal, deflagrada em 2020 no Pernambuco, e na qual a esposa do criminoso também era alvo. Bruna foi acusada pelo MPF (Ministério Público Federal) de lavar recursos obtidos por Caio no tráfico de drogas.
Conforme apurado pelo Primeira Página, documentos apreendidos pela polícia apontaram que Bruna aplicou R$ 180 mil numa clínica de estética em Perdizes/SP, entre os meses de junho e setembro de 2018. Além disso ela figurava como proprietária de outras duas empresas, incluindo o salão de cabeleireira, mesmo “não tendo patrimônio ou fonte de renda compatível para realização dos investimentos”.
Após o imóvel de Bruna ser alvo de busca a Caio em outubro daquele ano, cita a denúncia, a mulher teria arrendado a clínica estética dela, recentemente montada, e também mudou de endereço. Consta dos autos, ainda, que Bruna “acompanhava Caio Bernasconi em viagens para tráfico de drogas”.
Em outubro de 2020, a esposa do traficante foi denunciada pela prática dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Beira Mar.
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Entretanto, Bruna ingressou com um pedido de habeas corpus na Justiça, que foi parcialmente concedido. Ela teve a prisão preventiva convertida em domiciliar – por ser mãe de uma criança de 5 anos de idade, à época – , e teve de cumprir outras medidas cautelares.
Por fim, em setembro de 2021, ados mais de sete meses da substituição da prisão preventiva em domiciliar, “sem qualquer notícia de que a paciente (Bruna) não compareceu aos atos do processo ou descumpriu quaisquer outras obrigações impostas”, o juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Recife entendeu que não havia mais necessidade da prisão de Bruna para assegurar a aplicação da lei penal.
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Caio Bernasconi, o “fantasma da fronteira” foi preso nesta terça-feira (2) enquanto estava trocando de avião em uma pista de terra em Ponta Porã, cidade a 314 quilômetros de Campo Grande. A Polícia Federal ainda investiga qual era o destino do criminoso, e se a pista vicinal onde ocorreu a prisão era “ponte aérea” frequente da rota de cocaína comandada pelo narcotraficante.
De acordo com a Polícia Federal, “fantasma” era responsável por atravessar carregamentos da droga do Paraguai e também por enviar a droga em contêineres de fruta destinados à Europa.