Facção tinha empresa de fachada e advogada por R$ 100 mil em MS 3h5a6j
Advogada de organização criminosa recebeu pagamentos até através da conta do namorado dela 3n225f
Principal elo entre o traficante Rafael da Silva Lemos, o “Gazela” ou “Patrão”, e o esquema de tráfico de drogas investigado na Operação “Last Chat” a advogada Paula Tatiane Monezzi embolsou cerca de R$ 100 mil pela “assessoria” prestada ao bando criminoso, aponta o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

O montante foi reado diretamente a ela e até através da conta do namorado da advogada.
Além de ser uma das gerentes da organização, chefiada por Rafael, a advogada orientava os integrantes do bando, quanto às declarações deles à polícia, para que elas não comprometessem a ligação do bando com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e, consequentemente, dificultassem as investigações.
No topo da hierarquia da organização ainda estavam Ricardo Rodrigues Silva (irmão de Rafael), Ítalo Eufrásio Lemos, Kelli Letícia de Campos e Klemerson Oliveira Dienstman.
A advogada foi um dos alvos da força-tarefa que foi às ruas, nesta quarta-feira (24), e segue atrás das grades do Presídio Militar de Campo Grande. Outros 10 investigados, incluindo outro advogado, também estão encarcerados na capital. (Confira no final da matéria).
Ao todo, 55 mandados de busca e apreensão e de prisão foram cumpridos em Campo Grande e outras três cidades; Ponta Porã, São Paulo, capital e Fortaleza, Ceará, durante a operação de ontem.
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Empresa de fachada 8w45
Organizado, o grupo contava até com empresa de fachada com endereço na rua da Divisão, no bairro Parati, usada para lavar o dinheiro adquirido no tráfico de drogas, e até como depósito dos veículos do líder dos investigados.
A “KLC Construções e Transportes em Logística Eireli” foi criada em nome de Kelli Leticia de Campos, também presa nesta quarta-feira (24) pelo Gaeco.
Diversas transações foram feitas diretamente por ela ou através da empresa aos demais integrantes do bando, pelos serviços prestados à organização, indica a investigação.
Conforme apurado pelo Ministério Público, Kelli e Ricardo Rodrigues Silva, irmão de Rafael, dividiam a função de operadores das transações financeiras do grupo.
Enquanto ela fazia o controle das movimentações bancárias do bando e as questões burocráticas relacionadas à empresa, Ricardo se ocupava da logística do tráfico de drogas e também com a istração da empresa.
Vale lembrar que todo o esquema era chefiado por “Patrão” de dentro de presídio em Dourados até a fuga dele, em 27 de dezembro do ano ado, durante deslocamento para consulta médica. Rafael ainda é procurado pela justiça.
Mais de R$ 1 milhão 152xj
Ainda conforme a investigação, no intervalo de 26/05/2020 a 17/03/2023, a organização criminosa recebeu 1.116 depósitos de dinheiro em espécie, que totalizaram R$ 1,5 milhão. Por orientação de Rafael, Kelli e Ricardo, as transações não foram identificados como forma de tentar “maquiar” a origem dos depósitos.
Entre os gerentes do grupo e apontado como homem de “confiança” de Rafael está Klemerson Oliveira Dienstmann.
A ele competia a distribuição das tarefas dos integrantes da organização e até a execução de “atos violentos” relacionados ao tráfico de drogas. Entre dezembro de 2021 e março de 2023, Klemerson teria movimentado R$ 59,9 mil nas contas da KLC.
Confira os alvos que estão presos em Campo Grande 5b557
- Aldair Antônio Garcia;
- Débora Cristina dos Santos;
- Lelli Leticia de Campos;
- Lindisleir Aguilera do Nascimento;
- Sérgio Vinicius Candia;
- Sérgio Simão da Silva;
- Viviane Fontoura Holsback;
- Ricardo Rodrigues Silva;
- Paula Tatiane Monezzi (advogada);
- Lucas Eric Ramires dos Santos (advogado);
- Suellen Pereira de Sousa;
O bando 52jx
Além do tráfico de drogas também é atribuído aos criminosos o comércio ilegal de armas de grosso calibre – como fuzis e metralhadoras – além de granadas, munições, órios e outros materiais bélicos de uso .
Durante os meses de apuração, foram apreendidos mais de 4 toneladas de maconha, 3 mil comprimidos de ecstasy, centenas de munições e carregadores de fuzil de calibre 762 e pistolas calibre 9mm; um prejuízo ao crime estimado em R$ 9 milhões.