Ex-prefeito está em cela da delegacia da cidade de MS que já governou 333ug
Douglas Figueiredo foi preso com duas carabinas e a pistola 9 mm; na delegacia ele alegou que o armamento pertencia ao falecido pai 3i4di
Preso em flagrante por guardar armas irregularmente em casa, o ex-prefeito de Anastácio Douglas Melo Figueiredo, que estava sendo cotado para disputar a eleição deste ano, alegou que pertenciam ao pai as duas carabinas e a pistola 9 mm encontradas com ele na manhã desta sexta-feira (17).
Em depoimento à Polícia Civil, disse ter recebido a missão de dar “destino” ao armamento, mas se esqueceu. Agora, está na cela da delegacia da cidade que comandou de 2010 a 2016.

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Douglas foi alvo de mandado de busca e apreensão, consequência das investigações sobre a morte do suplente de vereador Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vital, de 40 anos, no dia 8 de maio. Tudo aconteceu depois de uma briga que, segundo testemunha, envolveu os dois políticos.
Durante a fiscalização na casa do ex-prefeito, que é advogado, as equipes encontraram duas carabinas – uma calibre 38 e outra 22 – e uma pistola 9 mm com carregador e 14 munições. As armas estavam em um quarto antigo, dentro de um guarda-roupa, em um saco preto.
Na delegacia, Douglas alegou que as armas pertenciam ao pai, que em vida, as mantinha porque morava sozinho com a esposa em uma chácara. No ano ado, quando ele morreu, a mãe mudou de casa e entregou as carabinas e a pistola a ele, que em vez de fazer o combinado, as esqueceu dentro do guarda-roupa.
De acordo com o boletim de ocorrência, a pistola está no nome de um vereador de Anastácio. Para a polícia, Douglas alegou que o pai era cliente do político e que não sabe detalhes da negociação entre eles.
Conforme apurado pela reportagem, enquanto não a por audiência de custódia, o ex-prefeito fica na cela da Delegacia de Polícia Civil de Anastácio.
Prisão dos policiais 6n1920
Além de Douglas, os policiais militares Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos também foram alvos da operação realizada nesta sexta-feira. A casa dos dois foi visitada pelas equipes da Corregedoria da PM e pelos policias do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em cumprimento a decisão judicial concedida à 1ª Promotoria de Anastácio, responsável pelo caso.
Também havia mandado de prisão para os dois, mas eles não foram encontrados em um primeiro momento. Horas depois, Bruno e Valdeci se entregaram na Corregedoria.

Na manhã desta sexta-feira, o advogado dos dois, Lucas Arguelho Rocha, reforçou a intenção dos clientes em “auxiliar e cooperar com as investigações”. Ele também reafirmou a tese de legítima defesa e de que os dois agiram durante o “estrito cumprimento do dever legal”.
Bruno e Valdeci nunca negaram que atiraram em Dinho Vidal. Mas na versão deles, o suplente de vereador estava armado e reagiu a uma abordagem às margens da BR-262.
A história, no entanto, foi rebatida pela esposa de Dinho, que é testemunha ocular do crime. Marilene Ferreira Beltrão contou que o marido não estava armado e sequer viu quem atirou nele, porque estava de costa.