"Escolheu os mais vulneráveis para abusar e ficar impune", diz delegada sobre fonoaudiólogo 4t3451
Conforme Fernanda Mendes, titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), as investigações sobre o caso devem durar até seis meses 46424y
As investigações sobre os casos de violência sexual contra crianças cometidos por fonoaudiólogo, de 30 anos, em Campo Grande apontam que ele escolhia as vítimas mais vulneráveis para cometer os abusos em uma tentativa de ficar impune.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta- feira (17), a delegada Fernanda Mendes da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) disse que foi intencional o fato de ele “ter escolhido entre os vulneráveis os mais vulneráveis para abusar e ficar impune”. Isto porque as vítimas tinham dificuldades na fala.
Ainda segundo a delegada, com base nos depoimentos, o fonoaudiólogo tampava os olhos das crianças e oferecia doces para elas antes de cometer os abusos. Até o momento, quatro casos foram confirmados e outros 12 estão sob investigação. As vítimas são meninos com idades entre 4 e 8 anos.
“Nós temos o depoimento de cada criança violentada por ele. Procuramos, sim, outras provas para fortalecer a condenação desse autor, mas por hora podemos dizer que os depoimentos especiais são suficientes para ele prosseguir preso”, declarou a delegada.

Investigação 4k5f44
Conforme a delegada, o SIG (Setor de Investigações Gerais) deve intimar os pais de todas as crianças atendidas pelo fonoaudiólogo para que os menores sejam ouvidos pelo setor psicossocial da Polícia Civil.
Da data em que foi contratado pela clínica onde atuava até o dia da prisão, ele atendeu ao menos 200 crianças. O processo de escuta de cada uma delas deve durar cerca de 6 meses.
Flagrante 2r41
Na última quarta-feira (9), criança de 8 anos tinha uma consulta com o autor e após 15 minutos de atendimento saiu chorando da sala relatando para a mãe que havia sofrido violência sexual. Todos foram conduzidos para a DEPCA.
Clínica 1t4p5m
A proprietária da clínica onde o fonoaudiólogo atuava disse nunca ter tido nenhuma reclamação do profissional. Após este caso, ela contatou as equipes responsáveis pela monitoração eletrônica da clínica e deve disponibilizar as imagens à polícia.
Ela enfatizou ainda que os pais nunca foram proibidos de acompanhar os atendimentos, mas o profissional deveria dar alguma desculpa para que eles não entrassem junto.
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