"Escolher flores para caixão e não casamento": o drama de esposa de morto por engano 6va25
“A gente recém casou no cartório. Nossos planos eram casar na igreja, ter um filho. A gente não tem filhos juntos. E, aí, escolher flor para o caixão e não para o casamento, não está sendo fácil”.

A declaração é da cabeleireira Jéssica Fernanda Ozuma da Silva que perdeu o marido Adriano Medeiros Pereira, de 33 anos, na manhã desta sexta-feira (27). O eletricista foi vítima de bala perdida ao ar pela avenida das Bandeiras, em Campo Grande, onde um criminoso executou outro homem.
Jéssica e Adriano namoraram durante 10 anos, ficaram noivos por mais 4 anos e tinham dois anos de casados no cartório. Eles ainda faziam planos de festejar a união.
“Não está sendo fácil, estou sem chão. Não sei o que vou fazer. A gente foi na pax para dar entrada nas coisas e o momento mais difícil foi escolher flor, escolher música”, pontuou.
A cabeleireira diz estar tentando entender o porquê de ele ter morrido. Se pergunta se estava “na hora” ou se ele “já tinha encerrado a missão dele na terra”.
Ela disse ter “sentido” que ele não deveria ter saído de casa para trabalhar nesta sexta-feira (27) porque estava com sintomas de gripe. Eles combinaram de Adriano avisar quando chegasse ao local de trabalho, mas a mensagem nunca chegou.
Jéssica ligou várias vezes para o marido. Ela estranhou que as ligações não foram atendida e horas depois ficou sabendo da morte de Adriano.

Baleado por engano 2r4s53
Adriano estava a caminho do trabalho e acabou sendo baleado por engano ao ar pela avenida das Bandeiras, no cruzamento com a rua Bom Sucesso, no Jockey Club.
O motociclista foi atingido no tórax e chegou a percorrer cerca de 50 metros, mas acabou caindo o veículo na calçada.