Empresário de MS foi vítima de chacina em MT: “não tinha nada a ver” 5k1b1n
Filho de Josué Ramos Tenório contou que o pai parou no bar para assistir partida de sinuca que acabou com 7 mortos; de Fátima do Sul, empresário morava atualmente em Rondonópolis 1q5z2m
Natural de Fátima do Sul, a 225 km de Campo Grande, Josué Ramos Tenório, de 48 anos, está entre as vítimas de chacina em um bar de Sinop, no interior de Mato Grosso, na tarde de terça-feira (21). Empresário do ramo de frutas, o sul-mato-grossense morava atualmente em Rondonópolis.
Josué e outras seis pessoas, incluindo uma menina, de 12 anos, foram mortos a tiros por dois homens, identificados como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27.
Segundo a polícia, o crime aconteceu os autores perderem uma partida de sinuca e serem “zoados”. Conforme o tenente Romening dos Santos Silva, após a derrota, os homens foram buscar mais dinheiro e voltaram ao bar. Outra partida foi perdida e, depois de serem alvo de piadas de pessoas que estavam no local, foram até o carro e pegaram duas armas.
Vídeo mostra que um dos armamentos é uma espingarda. (Assista no início da matéria). Mas, primeiro, é quem está com a arma menor que rende as pessoas.

Além de Josué, também morreram na chacina: Larissa frasão de Almeida, de 12 anos, o pai dela, Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, Adriano Balbinote, de 46 anos, Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, e Elizeu Santos da Silva, de 47 anos.
Elizeu chegou a ser socorrido com vida, mas morreu logo depois de dar entrada no hospital.
Sem ligação com a confusão 43393j
À reportagem da TV Centro América, emissora do Grupo RMC, no Mato Grosso, o filho adotivo de Josué afirmou que o pai costumava sair de Rondonópolis e viajar para Sinop, a trabalho. Na tarde do ataque, o empresário estava apenas assistindo o jogo de sinuca.
“Ele e outras pessoas não tinham nada a ver. Foi uma crueldade, uma situação desumana. Nem caiu a ficha ainda. É um monstro quem faz um negócio desse”, afirmou Cícero Dias.
De acordo com o jovem, o pai tinha por hábito assistir a jogos. “Ele sempre ia ao bar, gostava de assistir, acompanhar o pessoal jogar. Ele nem estava jogando, estava assistindo. Nossa família está arrasada, todos sem entender”.
Além de Cícero, Josué deixa a esposa e outros três filhos. “Era uma pessoa boa. Tudo que sei no trabalho hoje, aprendi com ele. A família espera por justiça. Que a polícia consiga localizá-los e que eles paguem pelo que fizeram”, destacou Cícero.
O crime 4q1j6h
O delegado Bráulio Junqueira, explicou que, pela manhã, Edgar, um dos autores, participava de uma partida de sinuca contra Getúlio, umas das vítimas, e acabou perdendo R$ 4 mil. À tarde, ele voltou na companhia de Ezequiel e desafio Getúlio, de novo.

Eles jogaram novas partidas e também perderam. Revoltado, Edgar deu sinal para o comparsa, que rendeu todas as pessoas. “O primeiro a disparar foi o Ezequias, que deu um tiro no Bruno, dono do bar, e depois um tiro pelas costas do Getúlio, que caiu, e recebeu mais dois tiros na cabeça. Enquanto isso, Edgar disparava de 12”, explicou o delegado.
Ao todo, nove pessoas foram rendidas, mas apenas duas sobreviveram. Testemunhas afirmaram que o clima no bar era tranquilo e não houve discussão ou qualquer outro tipo de desavença.
