Em menos de 7 meses, 880 pessoas foram vítimas de estupro em MS 675h5d
Deste total, 747 são do sexo feminino, incluindo crianças e adolescentes; os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública 5m446q
Do dia 1° de janeiro até 14 de julho, 880 pessoas denunciaram ter sido vítimas de estupro em Mato Grosso do Sul, sendo 258 só em Campo Grande. Os dados são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e indicam que a maioria das vítimas, 747 ao todo, são do sexo feminino, incluindo crianças e adolescentes.

Ocasionalmente, há mais de uma vítima na mesma denúncia. Isto explica o porquê deste número ser superior ao de registros policiais. Em se tratando de boletins de ocorrência de estupro registrados neste período, o total é de 830.
O último Mapa do Feminicídio divulgado pelo Governo do Estado informou que só no ano ado 1.833 mulheres registraram B.O por estupro. Isto equivale a uma média superior a 152 boletins de ocorrência por mês.
Na noite de quinta-feira (14), duas jovens de 22 e 24 anos, foram violentadas quando saíam de uma academia no Residencial Oliveira, em Campo Grande. O suspeito de 49 anos foi preso minutos depois do crime e reconhecido pelas vítimas. Ele já tinha agens pela polícia.

As sequelas são eternas 3rr1k
Segundo a psicóloga Elizabeth Monti Henkin, os traumas em consequência de um estupro permanecem muito tempo após o crime.
“A violência deixa sequelas graves. É necessário se conhecer, através do processo psicoterápico para diminuir os agravos e permitir-se ter uma vida normal . Ninguém escolhe ser violentada e isso causa um sofrimento absurdo, impedindo um desenvolvimento emocional adequado”.
Elizabeth Monti Henkin, psicóloga
Questionada sobre o tempo até a melhora, a psicóloga enfatiza ser difícil falar em “cura”.
“A pessoa se trata e aprende a lidar com aquele sofrimento para não reviver o trauma o tempo inteiro”, diz, lamentando o fato de algumas vítimas ainda serem julgadas após a violência. “Ninguém veste roupa para ser estuprada. O problema é o abusador, o estuprador”.
Elizabeth Monti Henkin, psicóloga
Para a acadêmica de Serviço Social, Nuala Lobo Cambará, de 28 anos, militante dos direitos das mulheres e dos negros, existe uma cultura que não só normaliza a violência contra a mulher como muitas vezes a coloca como culpada.
“Na minha opinião a melhor forma de se combater a cultura do estupro é a conscientização mesmo. Não só a conscientização de denúncias em caso de violência, mas a prevenção. Não adianta aumentar tempo de cadeia, colocar agravante se não está rolando uma educação na sociedade”, finaliza.
Nuala Lobo Cambará, acadêmica de Serviço Social
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