Em carta, Stephanie cita Deus e diz que ainda ama pai de Sophia 1o314w
Correspondência a qual o Primeira Página teve o foi endereçada a uma amiga de Stephanie 3z6k3f
Presa há 114 dias pela morte da filha, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, tem usado o tempo livre para “orar” e ir em cultos “três vezes na semana”. Da prisão, Stephanie pediu foto da outra filha, de 1 ano, e revelou “que nunca vai deixar de amar Jean”, o pai biológico da menina Sophia Ocampo, morta aos 2 anos e 7 meses.

Stephanie fez o desabafo em carta escrita de próprio punho nesta quinta-feira (18), um dia antes da 2ª audiência sobre o caso. Na correspondência endereçada a uma amiga, a qual o Primeira Página teve o, Stephanie cita Deus inúmeras vezes e se diz inocente.
“Estou orando muito aqui, fazendo campanhas e indo nos cultos, sexta, sábado e domingo”, escreveu. “Deus conhece o meu coração e sabe que não fiz nada com a minha joia mais preciosa que era a ‘Soso’ [Sophia], que agora está brincando com os anjos e orando por nós ao lado do nosso senhor”, diz Stephanie em outro trecho.
Mais de uma vez, a ré pela morte da filha afirma inocência e até pede por justiça. Laudo necroscópico apontou que Sophia foi violentada física e sexualmente. O principal acusado é o padrasto, Christian Campoçano Leithein, de 25 anos. Sobre Stephanie, recai a acusação de que ela sabia das agressões que a menina sofria.

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“Todos que me acusaram de ter participado vão ver que estavam errados, por que a verdade vai me libertar. Meu sofrimento e da ‘Soso’ não vai ser em vão. Eu quero justiça por ela”, escreveu.
Amor por pai de filha 143y6p
A carta também traz declaração ao pai biológico da menina, o técnico de enfermagem Jean Carlos Ocampo. Por meses, Jean tentou convencer os órgãos de proteção à criança da capital sobre as agressões que a menina sofria, na expectativa de conseguir a guarda da menina.
“Nunca vou deixar de amar ela [Sophia], nunca vou deixar de amar o Jean, por conta de tudo que sofri com a nossa separação”, diz.
Na carta, Stephanie se diz “arrependida” de não ter denunciado as agressões que Sophia sofria e que, supostamente, ela também sofria de Christian.
“Eu fui covarde de não ter denunciado esse monstro antes pelas agressões físicas e psicológicas a mim, mas principalmente com a “Soso”. Eu achei que podia medir forças, mas eu estava errada. Apanhei muito tentando defender as crianças. Se arrependimento matasse…”.
Stephanie também pede notícias e uma foto da outra filha, de 1 ano, que teve com Christian.
“Quero saber como [ela] está, se está andando, se está gordinha, falando, com cabelo. Manda uma carta registrada como uma foto para cá”, pede a jovem, que está detida em presídio do interior do estado.
Em meio aos agradecimentos, a ré também cita os advogados Camila Garcia, Katiussa do Prado e Pablo Neves Chaves, responsáveis pela sua defesa.
“Deus me deu uma grande prova, que são esses três anjos, enviados por ele para me defender”, escreveu.
Audiência suspensa 424w6z
O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, suspendeu a 2ª audiência de instrução sobre a morte da menina Sophia Ocampo nesta sexta-feira (19), porque um dos advogados de Christian Campoçano Leithein, o padrasto da menina, desrespeitou uma das ordens do magistrado.
Os depoimentos que foram realizados continuam valendo, e a audiência deverá ser retomada do ponto em que parou. A expectativa é que uma nova seja realizada na próxima sexta-feira (26).
Christian Campoçano foi denunciado pela promotoria de Justiça por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, além de estupro de vulnerável. Um advogado cuida da defesa dele.
Já Stephanie responde por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos e homicídio doloso por omissão.