Em ação digna de cinema, ex-major de MS é levado à Bélgica 3470e
A polícia utilizou algemas e cinto de segurança e estava munida de metralhadora 17615w
Em moldes cinematográficos, foi entregue à Bélgica o ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto Carvalho de Carvalho, conhecido como ‘Escobar brasileiro’, fazendo referência ao narcotraficante Pablo Escobar.
Até então, ele estava preso na Hungria. A mudança de país já era esperada, conforme decisão da justiça húngara no dia 20 de maio. Os destinos eram a capital da Holanda, Brasil ou Estados Unidos.
À época a imprensa europeia já antecipava que o destino seria Bélgica, fato que se concretizou nesta quinta-feira (15) sob forte escolta policial, conforme mostra vídeo da polícia local.
“O comando Penitenciário Nacional (BVOP) e o Departamento Nacional de Investigações realizaram a entrega do brasileiro com base em um plano de ação preciso e pré-coordenado”, explicam as autoridades em texto explicativo.
A polícia utilizou algemas e cinto de segurança e estava munida de metralhadora durante o transporte e helicópteros faziam a segurança aérea. No aeroporto, a polícia belga o recebeu em parte isolada do local e o colocou em avião do exército do país.
Carvalho foi preso em 21 de junho do ano ado em um hotel de luxo em Budapeste, capital da Hungria.
Histórico 3i1h2w
O ex-major seguiu para reserva da PM em 1997 e no ano seguinte foi condenado a mais de 15 anos de prisão por traficar 230 quilos de cocaína. Além disso, sofreu sanção interna e acabou perdendo a patente
Em Mato Grosso do Sul, no entanto, foi demitido duas décadas depois. O cerco acabou se fechando no continente europeu porque Carvalho comandava organização criminosa internacional, sendo os destinos Europa, África e Ásia.
As drogas saiam dos portos brasileiros, principalmente em Paranaguá (PR) e Natal (RN). Para perambular pela Europa ele utilizava identidade falsa com nome de Paul Wouter, sempre se apresentando como empresário do Suriname.
Tanto que a primeira prisão ocorreu estando na pele de “Paul” quando ainda morava na Espanha em 2020. À época ele pagou fiança e foi solto.
Mais tarde, quando foi convocado para comparecer na justiça espanhola, sua defesa apresentou atestado de óbito de Paul alegando morte por covid-19. A verdade veio à tona após alerta da polícia brasileira sobre a farsa.
Foi então que novas buscas iniciaram nos endereços do ex-major na Europa. Somente em imóvel localizado em Portugal a polícia apreendeu 12 milhões de euros. Ele foi preso meses depois na Hungria.
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Apesar de todo o histórico, Carvalho ainda tem R$ 1,3 milhão a receber no Brasil, mais precisamente em Mato Grosso do Sul, fruto da aposentadoria do ex-militar. Isso porque ele foi processado, perdeu a patente e teve o pagamento suspenso em 2010.
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Mas seis anos depois, por decisão judicial, a Ageprev (Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul) voltou a depositar a aposentadoria. Desta forma, pelos anos sem recebimento, os advogados de Carvalho pedem o valor milionário.