Dono de mecânica em Campo Grande é preso por cobrar a mais de mulheres e idosos 4m3y

Dono de uma famosa rede de oficinas mecânicas de Campo Grande foi preso, na segunda-feira (4), após denúncias de cobranças abusivas e coação contra funcionários. Segundo apurado, nas lojas da rede, serviços saiam mais caros, principalmente, para mulheres e idosos, vítimas “mais fáceis”.  

Conforme a Polícia Civil, a rede de oficinas “Champions Pneus” atuava como uma organização criminosa ao cobrar de forma sistêmica os preços abusivos dos consumidores. 

Investigações apontam que os funcionários das oficinas eram orientados pelo patrão a aplicar o golpe em pessoas que representavam vítimas “mais fáceis” para o grupo.  

A reportagem tentou contato com a empresa e foi informada pelo gerente de uma das lojas de que a cliente que denunciou o caso havia sido informada sobre as atualizações nos preços.  

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O representante da empresa também mencionou que foram realizados três serviços no veículo dela e que todos foram autorizados pela cliente. A vítima nega todas as informações.  

O gerente não quis comentar a prisão do patrão.  

Investigação contra a mecânica 5y5v71

Conforme boletim de ocorrência, uma mulher, que pediu para não ser identificada, foi até uma das lojas da “Champions Pneus” para realizar um reparo no carro. 

A princípio, o serviço contratado foi orçado em R$ 500. Horas depois, os mecânicos da loja entraram em contato com a vítima e informaram que o valor havia sido atualizado para R$ 2.600. A proprietária do carro concordou com a alteração. 

Mas, quando a mulher chegou para pegar o veículo, o dono do estabelecimento informou que os  reparos haviam subido para R$ 6.600.  

A vítima, sem condições de arcar com o pagamento, deixou o automóvel na mecânica durante o fim de semana e retornou na segunda, acompanhada de sua advogada.   

“Não deixaram a vítima retirar o carro da oficina, mesmo com um mandado de busca para retirar o veículo do local. A mulher teve que acionar a Polícia Militar, já que o empresário se exaltou e não queria liberar o carro”, explicou a delegada Joilce Ramos, responsável pela investigação. 

Com a chegada da polícia, o empresário desacatou os militares e, por isso, foi preso e levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.   

Na delegacia, a responsável pela investigação entendeu que o crime cometido na oficina mecânica ia muito além de um estelionato. Com isso, o empresário foi preso suspeito de quatro crimes: estelionato; apropriação indébita; organização criminosa; e desacato a autoridades.

Para a delegada, a oficina mecânica possuí um modus operandi nas abordagens aos clientes. “O empresário ensinava os funcionários a como cobrar e incluir serviços desnecessários aos reparos do carro. A pessoa chegava na oficina para um reparo simples, que seria um valor, e saía pagando por outras muitas coisas, com um preço muito maior”. 

“Outra questão importante, o empresário lesava, prioritariamente, mulheres e idosos. Nós sabemos que tinham uma preferência por escolher estes públicos para aplicar o golpe. Agora, vamos continuar investigando este caso, pois várias vítimas podem aparecer”, pondera a delegada. 

Quem possa ter ado por uma situação semelhante com a oficina mecânica pode procurar a delegacia mais próxima e registrar boletim de ocorrência, como aconselha a Joilce.