Dono de imóvel suspeito de garimpo ilegal nega ameaças aos vizinhos 336j37
Dono do imóvel nega que tenha aberto garimpo ilegal no local. Segundo ele, não foi feita ameaças aos vizinhos da propriedade. 3h3nn
O dono do imóvel suspeito de funcionar como garimpo ilegal no Centro Histórico de Cuiabá negou que o terreno seja usado para a atividade ilícita. Ele afirmou que não foram feitas ameaças aos vizinhos, como investigado pela PF (Polícia Federal). Um mandato de busca e apreensão foi realizado na casa do investigado pela prática de crimes lesivos ao meio ambiente e ao patrimônio cultural.

Atualmente, o imóvel pertence ao eletrotécnico Claúdio Campos, que nega a existência de um garimpo ilegal no local.
As investigações tiveram início após a publicação de diversas matérias jornalísticas no sentido de que a Prefeitura de Cuiabá havia embargado uma obra ao lado da Escadaria do Beco Alto, nas proximidades da Praça da Mandioca, em razão de suspeita de prática de garimpagem ilegal.
Durante o comparecimento da Polícia Federal no local, moradores noticiaram que o responsável pelas intervenções nos imóveis estaria ameaçando as pessoas que teriam denunciado as atividades nos imóveis aos órgãos competentes.
No entanto, ao Primeira Página, o dono do imóvel afirmou que não foram feitas ameaças as pessoas citadas pela Policia Federal, disse que as obras estão com o projeto no Iphan e apenas uma está sob avaliação.
Afirmou ainda, que aguarda a resposta do órgão e que todos os projetos estão protocolados na Prefeitura de Cuiabá.
Segundo ele, o laudo elaborado pela polícia vai mostrar que não há garimpagem ilegal no local.
Garimpo ilegal 24322u
No decorrer das investigações, a Polícia Federal constatou que o proprietário de imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estaria realizando diversas escavações nesses imóveis e que essas escavações poderiam provocar alterações na estrutura das edificações que são consideradas por Lei como patrimônio histórico nacional.
Peritos da Polícia Federal estiveram no local para tentar entender o objetivo das diversas perfurações. O laudo pericial atestando a compatibilidade ou não das perfurações com a notícia de suposto garimpo ilegal ainda não foi concluído.
Nenhum objeto típico de garimpagem foi encontrado no local.
Porém, durante o comparecimento da Polícia Federal no local, moradores noticiaram que o responsável pelas intervenções nos imóveis estaria ameaçando as pessoas que teriam denunciado as atividades nos imóveis aos órgãos competentes.
Se confirmada a hipótese criminal, o investigado poderá responder pelos crimes alteração de estrutura de edificação especialmente protegida por Lei sem autorização da autoridade competente (art. 63 da Lei nº 9.605/1998), exploração de matéria-prima pertencente à União sem autorização legal (garimpo ilegal – art. 2º da Lei 8.176/1991) e ameaça (art. 147 do ). Esses crimes possuem penas que podem chegar a 8 anos e 6 meses.