Dólar, euro e real: dinheiro vivo é encontrado com alvos de operação da PF 5aj61
Além disso, relógios de marca e vários veículos foram levados pelos policiais 304u49
Grande quantidade em dinheiro vivo foi apreendida durante as buscas nas casas dos alvos da Operação Pantanal Terra Nullius. Notas em dólares, euros e reais eram guardadas em um cofre que foi aberto durante as ações desta quinta-feira (8). Além disso, relógios de marca e vários veículos foram levados pelos policiais.
O valor exato apreendido nesta manhã ainda é contabilizado. O que se sabe, é que mais de R$ 600 mil, além de notas estrangeiras, foram encontradas dentro de um cofre na empresa que pertence aos investigados. Outra grande quantidade em dinheiro vivo foi localizada na casa do principal alvo da operação, o engenheiro cartógrafo Mário Maurício Vasques Beltrão.
Com o filho de Mário Maurício, os policiais apreenderam relógios rolex.
Veículos, que segundo a polícia, podem ter sido adquiridos por meio do esquema de corrupção, também foram levados para a sede da Polícia Federal de Campo Grande, assim como celulares dos suspeitos, documentos e HDs.

Segundo a delegada Kelly Trindade, as investigações que resultaram na operação começaram em Dourados, mas logo foram encontrados indícios da participação de servidores públicos de Campo Grande. A apuração ou para a Polícia Federal da capital e detalhes de como o esquema funcionava foram revelados.
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A investigação apontou que os suspeitos falsificavam documentos e os inseriam em processos istrativos de titulação para obterem áreas situadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, localizado em faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia.
“Basicamente, as terras estão em área de fronteira e, por conta disso, são terras da União. Estranhamente, eram instaurados procedimentos para titularidade de terras na Agraer, que é uma agência de regularização de terras do Estado. E esses procedimentos avam por servidores e eram aprovados, e não se mencionava que aquela área era da União.”
Delegada Kelly Trindade
Ainda de acordo com a delegada, a partir disso, as equipes identificaram indícios de corrupção dentro da Agraer e identificaram uma fazenda que foi titularizada ilegalmente.
“Nós conseguimos detectar que, num desses eventos, ao tentar registrar esse título no cartório, uma oficial de cartório solicitou um documento que era exigido pelo INCRA e nós conseguimos identificar nesse momento que houve a falha, que terras da União estavam sendo tituladas para particulares”.
Delegada Kelly Trindade

Os investigados 2a4v3n
Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos, parte deles em condomínios de luxo de Campo Grande.
Segundo apurado pela reportagem, a ação desta quinta-feira não teve prisões em flagrante. Os investigados são:
- Mário Maurício Vasques Beltrão, engenheiro cartógrafo – Sócio da empresa Toposat Engenharia Ltda
- Bruna Feitosa Beltrão Novaes, engenheira sanitarista e ambiental – sócia da empresa Toposat Engenharia Ltda
- Gustavo Feitosa Beltrão, advogado – sócio da Toposat e advogado das áreas cível, imobiliária, agrária, ambiental e empresarial
- Nelson Luis Moia – ligado a empresa Toposat Engenharia Ltda
- Elizabeth Peron Coelho – empresária e pecuarista
- André Nogueira Borges – ex-diretor-presidente da Agraer
- Evandro Efigênio Rodrigues – funcionário da Agraer
- Jadir Bocato – gerente de Regularização Fundiária da Agraer
- Josué Ferreira Caetano – funcionário da Agraer
O outro lado 424q6o
A equipe de reportagem procurou todos os envolvidos, mas não obteve contato.
Em nota, o Agraer informou apenas que acompanha a operação e que novas informações devem ser divulgadas ao longo do dia. O governo do estado também se manifestou.
“O governo de Mato Grosso do Sul acompanha e colabora com a Polícia Federal no âmbito da operação ‘Pantanal Terra Nullius’, e tomará as medidas cabíveis necessárias tão logo tenha o aos autos da investigação. O governo reafirma seu compromisso com a transparência e lisura em todos e quaisquer atos públicos”.