Dólar e "lobo-guará": Gaeco apreende 102 mil em dinheiro na casa de 3 policiais da fronteira k43y
Ao todo, dez pessoas são alvo da operação “Codicia”, que investiga corrupção entre policiais civis da delegacia de Ponta Porã 6t5by
Agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apreenderam, nesta segunda-feira (25), mais de R$ 102 mil na casa de três policiais civis da ativa investigados pela operação “Codicia”, de combate à corrupção entre investigadores lotados na delegacia de Ponta Porã, região de fronteira com o Paraguai.

Conforme apurou a reportagem do Primeira Página, na casa do primeiro policial os agentes encontraram R$ 36,7 mil, além de pouco mais de US$ 1,7 mil dólares (mais de R$ 8 mil). Com o segundo, foram encontrados R$ 33 mil e na residência do terceiro mais R$ 25 mil.
Os valores em espécie, separados em notas de R$ 50, R$ 100 e até R$ 200 (aquelas cédulas com a estampa do lobo-guará lançadas em setembro de 2020) chamaram atenção dos agentes do Gaeco que, até o fechamento desta reportagem, ainda cumprem mandados da operação.
Do que se trata a operação ? 6n165t
Iniciada há um ano, a investigação é para coibir a prática dos crimes de concussão, peculato, tráfico de drogas e delitos correlatos nas delegacias da cidade.
Entre os alvos de mandado de busca e apreensão, está um delegado de Polícia Civil, segundo apurou o Primeira Página.
Segundo o Gaeco divulgou, tudo começou com a suspeita de cobrança de “resgate” para entrega de um veículo apreendido às vítimas.

“As investigações se iniciaram em maio de 2021 com a notícia de concussão praticada por parte de alguns policiais civis da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã na restituição de um caminhão/carreta para as respectivas vítimas, cujo pagamento se deu em parte por meio de um “Pix”, crime que, ao final, restou provado”, escreveu o grupo do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul na nota à imprensa.
Como informado, foram cerca de 10 meses de trabalho, que identificou uma associação criminosa formada por policiais civis aposentados e ativa. A suspeita é de que eles utilizavam das delegacias de Polícia Civil de Ponta Porã para a obtenção de “vantagens patrimoniais indevidas”, especialmente relacionadas à gestão de veículos apreendidos e sob a responsabilidade daquelas unidades policiais.
Tráfico de drogas
Também ficou demonstrado, conforme o Gaeco, a existência de uma associação para o tráfico, cuja droga comercializada era, algumas vezes, retirada do depósito da Delegacia de Polícia por um escrivão de polícia e reada aos seus comparsas para a revenda.
A ação teve apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, além da Corregedoria da Polícia Civil.
