Delegado suspeito de invadir casa e ameaçar mulher pode perder o cargo 122w5f
O delegado-corregedor da Polícia Civil, Marcelo Felisbino, afirmou, nesta quarta-feira (30), que a Corregedoria ainda está investigando a conduta do delegado Bruno França Ferreira que teria invadido a casa de uma família em um condomínio de luxo e feito ameaças, em Cuiabá. Caso seja confirmada a suposta conduta ilegal do servidor, ele corre o risco de perder o cargo.
Mesmo com os vídeos registrados pelas câmeras de segurança da residência, o delegado-corregedor afirmou que ainda é cedo para apresentar alguma medida em relação ao servidor público envolvido no caso.
O delegado Bruno Ferreira está em estágio probatório, o que pode aumentar as condições de punição dele.
Serão ouvidas testemunhas do condomínio, a dona da casa, o delegado e o advogado que teria sido agredido verbalmente. Segundo a Corregedoria, em até 30 dias a instituição deve apresentar um posicionamento sobre a condução do delgado.
Sobre os outros policiais que participaram da ação junto com Bruno, o corregedor afirmou que a conduta dos policiais do GOE (Grupo Especial de Operações) também vai ser apurada e eles também poderão ser responsabilizados.
O representante da Corregedoria informou que não tem conhecimento sobre a existência de uma ordem judicial para entrar na casa.
Ao Primeira Página, o delegado Bruno Ferreira afirmou que ainda não foi intimado pela Corregedoria e que aguarda requerimento. Declarou ainda que continua cumprindo suas funções.
O caso 2w4a2h
De acordo com as investigações e com um vídeo que circulou nas redes sociais, o delegado Bruno França Ferreira, teria arrombado a porta de uma casa em um condomínio de Cuiabá, acompanhado de outros três policiais. As imagens mostram o delegado ordenando que os moradores se deitassem no chão. Em seguida, pergunta se tem mais pessoas na residência e pede que uma massagista saia da residência. A câmera marcava 21h38 como o horário da ação.
O caso aconteceu na noite dessa segunda-feira (28), na região dos Florais, em Cuiabá. O delegado nega as acusações e diz que a história é mentirosa.
Um outro vídeo sobre o caso mostra o advogado da família Rodrigo Pouso Miranda na delegacia. Em um diálogo com a defesa, o delegado diz que tem 24 horas para entregar o autos de prisão em flagrante para a defesa e disse que a mulher foi detida por injúria e ameaça. Em seguida, o delegado proferiu palavras de baixo calão para o advogado.
O delegado Bruno formou-se na Polícia Civil em 30 de março deste ano, ou seja, atua como delegado há quase 8 meses.
Como tudo começou 4z4j5g
O caso aconteceu depois de uma briga de adolescentes. Segundo o delegado, o enteado dele tem uma medida protetiva contra a mãe do adolescente, de 14 anos. No entanto, o advogado da família disse que a mulher não foi citada.
No entanto, a família tem conhecimento da briga dos adolescentes. Segundo o delegado, eles, inclusive, se mudaram para outro condomínio devido ao ocorrido.
Depois da rixa dos adolescentes, a família do delegado processou a outra família como um contra-ataque, segundo o advogado. Para ele, o delegado Bruno foi descontrolado e despreparado. Afirma que disse que foi uma invasão de domicílio, devido o horário (depois das 20h), e abuso de autoridade.
