Delegado fala pela primeira vez sobre investigação de agente morto por vereador 2o1a16
Agente foi morto na última sexta (1º). Caso está sendo investigado pela DHPP. Câmara analisa processo de quebra de decoro parlamentar 1i4k1b
O delegado Hércules Batista Gonçalves, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), falou pela primeira vez em entrevista coletiva nesta quinta-feira (7) sobre a investigação da morte do agente Alexandre Miyagawa, 41 anos.

Alexandre foi morto com tiros pelas costas efetuados pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), na última sexta (1º), no bairro Quilombo, na capital, após uma confusão em uma distribuidora.
O delegado do caso apenas fez um informe sobre as investigações e não permitiu a imprensa fazer perguntas.
“O trabalho da DHPP está sendo feito de uma forma técnica sem adentrar paixões, sem adentrar em outras visões. Cada instituições cumpre o seu papel.”
Para o delegado, o caso é investigado como homicídio, sem definir se é culposo ou doloso. “A DHPP incube a ela definir a autoria do homicídio. E o que ocorreu lá foi um homicídio. E é sobre esse homicídio que o trabalho da DHPP está se desenvolvendo”.
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Testemunhas já foram ouvidas, assim como o próprio autor dos disparos, o vereador Paccola, e estão sendo produzidas provas periciais, informou Hércules.
“Também estão sendo reexaminado todo aquele conteúdo daquelas imagens. Forma requisitados outras imagens, justamente para que a Polícia Civil possa se munir de todas as informações possíveis para concluir as investigações de forma exitosa”, relatou.
A DHPP deve concluir o inquérito em até 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30.
Versão de Paccola 4v4936
Nessa segunda-feira (4), Paccola deu entrevista pela primeira vez sobre o assunto. Em coletiva na Câmara, ele disse que atirar no agente ocorreu dentro de um “procedimento técnico” e que “há uma diferença entre tiro pelas costas e tiro nas costas”.
No domingo (3), por nota, ele tinha declarado que o caso ocorreu quando estava a caminho de um compromisso. O vereador relatou que desceu do carro para ver por que o trânsito estava parado, mas que ouviu de uma pessoa no meio da aglomeração que o agente estava armado e de um terceiro que o agente iria matar a mulher.
O vereador relatou que em seguida viu Miyagawa com uma arma em punho, atravessando a rua com a mulher à sua frente. Paccola disse que pediu para que o agente largasse a arma, mas que ele teria se virado com o revólver e, por isso, atirou. Entretanto, as imagens mostram o agente de costas para o vereador.
Nas redes sociais, a namorada de Alexandre, Janaína Sá, disse que estava dirigindo e que entrou com o carro na rua Presidente Arthur Bernardes, na contramão, para usar o banheiro de uma empresa próxima.
Ela relatou que desceu do carro rápido e algumas pessoas que estavam no local começaram a xingá-la “por ter entrado na contramão”. Janaína afirmou que ignorou os xingamentos e atravessou a rua para ir até o estabelecimento.
“Saí andando rápido para ir no banheiro na distribuidora e o ‘Japa’ tem mania de andar com a mão na cintura, mania de policial, tipo fazendo guarda atrás de mim e disse: ‘amor espera’. Depois disso eu só vi ele caindo no chão”, relatou no vídeo.