Delegado armado invade casa e ameaça mulher, marido e criança de 4 anos 6v1937
Uma família acusa o delegado Bruno França Ferreira de invadir sua casa, ameaçar a moradora e dar ordem de prisão em flagrante por descumprimento de medida protetiva determinada pela Justiça, que segundo a família, não havia sido notificada anteriormente. O caso aconteceu na noite dessa segunda-feira (28), na região dos Florais, em Cuiabá. O delegado nega as acusações e diz que a história é mentirosa. Câmera de segurança da família gravou o momento da ação da polícia. A Corregedoria da Polícia Civil apura o caso.

Nas imagens, é possível ouvir o choro de uma criança de 4 anos, que seria filha do casal. O caso teria acontecido por uma briga de adolescentes.
O vídeo que circula nas redes sociais mostra o delegado chegando na residência, acompanhado de outros três policiais. Ele entrou ordenando para que os moradores da casa se deitassem no chão. Em seguida, pergunta se tem mais pessoas na residência e pede que outros saiam do local. Uma massagista estava na casa. A câmera marcava 21h38 como o horário da ação.
Depois, pergunta se a mulher, de 41 anos, tem conhecimento de uma medida protetiva que a impede de chegar perto de um outro rapaz que estava no condomínio. A mulher responde assustada que não.
Um outro vídeo sobre o caso mostra o advogado da família Rodrigo Pouso Miranda na delegacia. Em um diálogo com a defesa, o delegado diz que tem 24 horas para entregar o autos de prisão em flagrante para a defesa e disse que a mulher foi detida por injúria e ameaça. Em seguida, o delegado proferiu palavras de baixo calão para o advogado.
O delegado Bruno formou-se na Polícia Civil em 30 de março deste ano, ou seja, atua como delegado há quase 8 meses.
Entenda a rixa pessoal 226w
O caso aconteceu depois de uma briga de adolescentes. Segundo o delegado, o enteado dele tem uma medida protetiva contra a mãe do adolescente, de 14 anos. No entanto, o advogado da família disse que a mulher não foi citada.
No entanto, a família tem conhecimento da briga dos adolescentes. Segundo o delegado, eles, inclusive, se mudaram para outro condomínio devido ao ocorrido.
Depois da rixa dos adolescentes, a família do delegado processou a outra família como um contra-ataque, segundo o advogado. Para ele, o delegado Bruno foi descontrolado e despreparado. Afirma que disse que foi uma invasão de domicílio, devido o horário (depois das 20h), e abuso de autoridade.
Outro lado 1o5c4
Ao Primeira Página, o delegado disse que efetuou a prisão em flagrante e se desentendeu com o advogado Rodrigo Pouso Miranda. Entretanto, afirma que as acusações são mentirosas e disse que já pediu desculpas ao advogado pelo tratamento dispensado.
“Tem uma campanha para atingir a minha imagem e a da polícia para disfarçar o fato de que ela [a mulher] é uma criminosa permanente em flagrante delito”, disse.
A defesa do advogado é patrocinada pelo advogado Diógenes Curado, segundo ele, a situação decorreu de descumprimento de medida protetiva expedida pela juíza Gleide Bispo Santos em favor do adolescente, de 13 anos, e contra a mãe dele, que, segundo a defesa, o vem perseguindo persistentemente com agressões verbais e ameaças físicas em locais públicos, como quadras de esportes, na presença de inúmeras testemunhas.
Caso em investigação 5e6z3n
A Corregedoria da Polícia Civil afirmou que já tomou conhecimento da conduta do delegado e vai apurar os fatos.
Segundo a polícia, a ação que ensejou a entrada do delegado na residência é referente ao descumprimento de uma determinação judicial em medida protetiva de urgência por parte da mulher de 41 anos em relação a um menor de idade, de 13 anos.
A polícia destaca que a medida protetiva de urgência foi requerida ao adolescente dentro de uma investigação conduzida pela Deddica (Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente).
Prerrogativas 6h5t3e
Quem também se manifestou sobre o caso foi a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) seccional Mato Grosso que repudiou o tratamento dispensado pelo delegado Bruno França Ferreira ao advogado Rodrigo Pouso no Cisc Verdão. A Ordem destaca que o vídeo não deixa dúvidas sobre o a ausência de urbanidade.
Veja à integra:
A OAB-MT, por meio de sua presidente e de sua diretoria, vem a público externar REPÚDIO ao tratamento dispensado pelo delegado de Polícia Civil, Bruno França Ferreira, ao realizar atendimento na data de ontem (28/11/2022), no Cisc Verdão, ao advogado Rodrigo Pouso. O delegado de Polícia Civil, Bruno França Ferreira, proferiu em desfavor do mencionado causídico, palavras de natureza desrespeitosas, afrontosas e não condizentes com o cargo e a função que exerce, de servidor púbico, em especial, quando em atendimento a um profissional da advocacia.
Imagens de um vídeo – que já se encontra em poder desta Seccional – não deixam dúvidas da ausência de urbanidade e, ainda, da utilização de palavras de baixo calão proferidas contra o advogado mencionado, que se encontrava em seu regular exercício profissional.
A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SECCIONAL MATO GROSSO (OAB-MT) repudia veementemente atos como o ora narrados e que não condizem com a importância do cargo e da função de um delegado de Polícia Civil, bem como, não representam o tratamento dispensado à Advocacia pela grande maioria dos Delegados de Polícia e demais servidores da instituição Polícia Judiciária Civil.
A OAB-MT deixa claro que não tolerará vilipêndios desta natureza. A Seccional já estuda as medidas cabíveis a serem tomadas em razão do caso em questão.
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