Adolescente sofreu abuso sexual antes de ser assassinada, diz delegado 5o1k55
O delegado disse ainda que a violência sexual foi cometida antes de Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, ser assassinada. e2c4m
A adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, que foi morta estrangulada em Cuiabá, apresentava sinais de violência sexual, como confirmou o delegado Guilherme Bertoli, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O delegado disse ainda que o crime foi cometido quando a vítima ainda estava viva. Ainda não há informações de quais envolvidos participaram da violência sexual.

O caso, que chocou a população da capital mato-grossense, é investigado como feminicídio consumado, roubo majorado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
De acordo com a Polícia Civil, os exames realizados apontaram lesões compatíveis com violência sexual.
A investigação aponta que o crime foi premeditado e executado por Benedito Anunciação Santana, padrasto da vítima, com apoio do filho do suspeito, Gustavo Benedito Júnior, de 18 anos, além de dois adolescentes.
Benedito, ex-servidor público e ex-acólito da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, já respondia por violência doméstica.
O histórico, de acordo com a Polícia Civil, é mais um elemento que fortalece a tese de reincidência em atos violentos contra mulheres. Mesmo diante das provas e da confissão do filho, ele nega participação no crime e tem demonstrado frieza durante os depoimentos.
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A cena do crime 57356v
O corpo de Heloysa foi localizado na terça-feira (22) em um poço numa área de mata, no bairro Ribeirão do Lipa, na capital, sendo necessário o apoio do Corpo de Bombeiros para o resgate.
De acordo com o laudo pericial, a adolescente já estava morta quando foi levada ao local.
De acordo com o perito responsável pela análise do local, vestígios encontrados reforçam que a vítima foi transportada enrolada em um lençol branco — um fragmento do tecido foi localizado preso em uma cerca de arame farpado nas proximidades.

Os acusados 202z2p
Quatro pessoas foram detidas pela polícia:
- Benedito Anunciação Santana, padrasto da vítima e ex-servidor da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), exonerado após a prisão;
- Gustavo Benedito Júnior, filho de Benedito, de 18 anos;
- Dois adolescentes amigos de Gustavo, um deles detido ainda na terça-feira (22) e outro na quarta-feira (23), após tentativa de fuga pela mata.
Apesar da confissão do filho e das evidências colhidas, Benedito negou envolvimento. Segundo os investigadores, ele demonstrou frieza nas declarações.
“Há elementos que indicam planejamento, envolvimento direto e reincidência em condutas violentas contra mulheres”, afirmou o delegado Bertoli.
O perito criminal Manoel Messias confirmou que a perícia técnica realizada na casa sustenta a versão apresentada pelos comparsas e é fundamental para esclarecer as circunstâncias do crime.

Crime planejado 322cr
As investigações apontam que o feminicídio de Heloysa foi premeditado por Benedito, com apoio do filho, Gustavo Benedito e dos dois adolescentes, de 16 e 17 anos. O grupo teria se ado por assaltantes para disfarçar a execução e agrediu também a mãe da vítima, que sobreviveu.
De acordo com o delegado do caso, Guilherme Bertoli, o próprio Benedito deixou os criminosos na porta da casa.
Heloysa foi morta e teve o corpo jogado em um poço de aproximadamente nove metros de profundidade em uma área de mata, onde também foram localizados itens roubados da casa.
A simulação de um roubo com sequestro mobilizou equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e do Bope, que em menos de 24 horas prenderam ou apreenderam todos os envolvidos.
Segundo a polícia, o crime teria como motivação principal a vontade do padrasto de matar tanto a enteada quanto a companheira, que acabou sendo poupada após intervenção de uma amiga que estava com um bebê.