Delegada diz que quase caiu em golpe igual ao de mêcanica cujo dono foi preso por ela 1b4j63
A policial reconheceu método usado pela empresa, durante relato da vítima ao registrar ocorrência; 2 pessoas denunciaram formalmente, além de relatos na internet 272q2w
Com nove lojas em Mato Grosso do Sul, a oficina mecânica suspeita de cobrar a mais de clientes mulheres e idosos, teria tentado aplicar golpe do preço final até mesmo em uma delegada de Campo Grande.

Segundo ela, na época, o discurso do funcionário de uma das lojas de pneus foi tão insistente, que foi difícil tirar o carro do estabelecimento sem que diversos serviços, além da troca de pneu, fossem realizados.
A dinâmica usada pela empresa, que para a Polícia Civil atuava como uma organização criminosa, foi reconhecida pela delegada durante o depoimento de uma vítima.
“Quando ela foi me narrando o que havia acontecido, foi batendo exatamente com o que havia acontecido comigo. E eu mesmo impondo, de uma forma bem rigorosa, porque eu sou uma pessoa firme, eu não conseguia convencê-los a parar e me entregar o carro só com a troca do pneu. Eu tive que me identificar como delegada de polícia e só neste momento foi que eles devolveram o meu veículo”, afirma.

Para a polícia, o grupo pratica uma espécie de estelionato velado, porque nem sempre o cliente percebe que está caindo num golpe.
“É uma coação. Uma coisa dizer olha o seu carro precisa fazer isso, isso e isso. E o cliente fala, não, pode fazer. outra coisa o cliente dizer eu não tenho dinheiro, não tenho condições, não vou fazer isso, e a pessoa continua insistindo, insistindo, insistindo. E não te devolve o veículo, você não tem uma opção de taco veículo na mão pra você ir embora”.
Delegada Joilce
Até o momento, duas pessoas procuraram a delegacia para registrar denúncia. Porém, pelo menos outros 20 clientes da empresa foram identificados pela polícia, por meio de reclamações postadas em sites na internet. Todos serão acionados.
O dono da empresa foi preso após uma cliente que estava com o carro na mecânica acionar a Polícia Militar, na segunda-feira (4), e o suspeito desacatar o militares.
Na delegacia, a responsável pela investigação entendeu que o crime cometido na oficina mecânica ia muito além de um estelionato. Com isso, o empresário foi preso suspeito de quatro crimes: estelionato; apropriação indébita; organização criminosa; e desacato a autoridades.