Defensoria diz que polícia errou ao prender pedreiro com mesmo nome de suspeito w1z6h
Segundo a Defensoria pública por duas vezes, Alisson Rodrigues dos Santos foi preso injustamente por falta de atenção e zelo dos órgãos responsáveis 1n1i48
A Defensoria se pronunciou nessa terça-feira (19) sobre o caso de Alisson Rodrigues dos Santos, que foi preso pela segunda vez, por engano, ter o mesmo nome de um suspeito procurado pela polícia.

Segundo a Defensoria pública por duas vezes, Alisson Rodrigues dos Santos foi preso injustamente por falta de atenção e zelo dos órgãos responsáveis, e dessa vez, o erro foi tão grotesco que até no cadastramento do processo os Fs se diferenciavam entre o auto de prisão em flagrante e a ação penal, o que deveria ter sido facilmente notado pela Polícia Civil na ocasião da prisão.
“Infelizmente, erros como esses são mais comuns do que se imagina e o que orientamos é que, em caso semelhantes, peçam para a autoridade conferir todos os dados com o documento de identidade e, se não forem atendidos, entrarem em contato com a Defensoria Pública”, afirmou a defensora Synara Vieira Gusmão.
Ainda segundo a Defensora Pública, os dados do suspeito Alisson, que está com mandado de prisão preventiva em aberto, já foram atualizados no sistema da Segurança Pública. Dessa forma, informações como F e filiação já podem ser comparadas.
O intervalo entre as duas prisões foi de quase 5 anos. A primeira vez ele ficou preso durante 9 dias em São Paulo, dessa vez ele ficou preso por quase 3 dias em Mato Grosso.
O morador de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, foi preso por volta das 20h do dia 11 de março, mas foi liberado apenas no dia 13 de março, após o almoço.
O que as polícias 4358v
O Primeira Página entrou em contato com a Assessoria da Polícia Militar sobre o ocorrido que respondeu: “A PM só faz a condução de suspeitos para a Delegacia onde são realizados os demais procedimentos. É feita checagem, mas a constatação é na Delegacia. O procedimento é PM/PJC/Poder Judiciário (audiência de custódia).”
Já a PJC (Polícia Judiciária Civil), até o fechamento dessa matéria não se manifestou sobre o que ocorreu com o pedreiro Alisson.
Primeira prisão 583s1j
Em 2019, quando foi preso em São José do Rio Preto, Alisson tinha ido para a cidade paulista carregando consigo o sonho de se formar em engenharia civil.
Na época, ele foi confundido com um homem acusado de ter cometido o crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado em Diamantino, a 229 km de Cuiabá, em 2016.
Durante o inquérito policial, a vítima identificou, por meio de fotos, os supostos autores do crime: P.I.M.A.S. e Alisson Rodrigues dos Santos, conhecido como “Lagoa”.
Porém, os policiais não o localizaram no endereço que tinham. Por determinação da autoridade policial, foi realizada a qualificação indireta na tentativa de localizar o autor do crime. O acusado foi identificado pelo nome, mas os policiais não se atentaram aos outros itens de sua qualificação (filiação, data de nascimento etc.).
Como consequência desse lapso, Alisson (o inocente) foi preso em abordagem policial realizada no dia 18 de maio de 2019, em São José do Rio Preto.
O mato-grossense estava trabalhando no dia do crime, conforme consta em sua folha de ponto. Ele ficou recolhido na unidade prisional no noroeste paulista até a decisão judicial favorável à soltura – dia 27 de maio, depois de 9 dias detido.

O medo u4ro
Nos dois casos, o medo de Alisson foi e continua sendo de ser morto por engano por outros criminosos. “Tenho receio de ser confundido com integrantes de facção ou de acharem que pertenço a algum grupo criminoso, o que não é verdade. No meu bairro todos me conhecem, sabem que trabalho com construção civil e que nunca cometi crime”.
Depois da prisão, e com a chegada da pandemia da covid-19, Alisson retornou para Primavera do Leste, onde mora com a família.