Deepfake: Presos por fraude guardavam mais de 100 rostos clonados 2j3l5z
Perícia em computadores encontrou mais de 600 mil fotos e 1.700 vídeos 115x2i
A investigação contra Wellinton de Paula Bogado e Wemerson Melki Salviano, réus por furto qualificado usando a técnica da deepfake para fraudar um banco digital, apontou que além das contas bancárias que a dupla conseguiu invadir para desviar mais de R$ 700 mil, pelo menos outras 100 pessoas tiveram os rostos clonados pelos criminosos.

Deepfake é uma técnica que utiliza IA (Inteligência artificial) para criar fotos ou vídeos usando o rosto de uma pessoa.
Conforme o laudo da Coordenadoria-Geral de Perícias, a análise feita em dois computadores apreendidos com a dupla encontrou milhares de arquivos que eram utilizados para desenvolver os vídeos usados para desbloquear o o às contas.
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O relatório mostrou que nos dois aparelhos periciados estavam armazenados mais de 600 mil fotos e 1.700 vídeos. A perícia identificou que muitos utilizavam a mesma base criada pelos criminosos para burlar os sistemas de reconhecimento facial.
Em decisão do dia 21 de junho, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu ordem para que a dupla responda o processo em liberdade. Wellinton e Wemerson estavam detidos desde dezembro de 2022, quando foram presos em flagrante em Campo Grande, pelo Garras da Polícia Civil.
Em nota, o C6 Bank informou:
“Nossos sistemas de segurança são invioláveis. Nenhum cliente foi lesado ou teve seus dados vazados. O C6 Bank atua de forma preventiva, identifica tentativas de fraudes e reporta atividades suspeitas para as autoridades competentes. Essa atuação resultou na prisão em flagrante dos envolvidos.”
O advogado Sander Odorício de Lima, que representa os réus, informou que “a Defesa está confiante na absolvição, tendo em vista que o assunto ‘deepfake’ é um fenômeno muito recente no Brasil e ainda não dispõe de legislação que criminalize a matéria.”.